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Fortes chuvas atingem o México e deixam pelo menos 34 mortos

O México está em estado de emergência devido às chuvas torrenciais que atigem o país desde o fim de semana passada, deixando pelo menos 34 mortos

Avenida alagada devido chuvas no México: maior preocupação são "os grandes escoamentos" que poderiam ser uma ameaça para zonas povoadas, segundo governo (Jacobo Garcia/Reuters)

Avenida alagada devido chuvas no México: maior preocupação são "os grandes escoamentos" que poderiam ser uma ameaça para zonas povoadas, segundo governo (Jacobo Garcia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 13h38.

México - O México está em estado de emergência nesta terça-feira devido às chuvas torrenciais que atigem o país desde o fim de semana passada, deixando pelo menos 34 mortos e mais de 200 mil desabrigados, admitiram as autoridades.

O coordenador nacional de Defesa Civil, Luis Felipe Puente, informou nesta terça-feira que, com exceção de um ou dois Estados do país, no resto existe um Comitê Estatal de Emergência já instalado para atender os efeitos do temporal.

Puente disse à rede local "MVS" que o México está a três dias com o Comitê Nacional de Emergências "instalado de forma intermitente" devido à passagem de dois ciclones tropicais simultaneamente, "Manuel" pela costa do Pacífico, e "Ingrid" pela do Atlântico.

Ambos já tocaram a terra e se degradaram, o primeiro a baixa pressão e o segundo, que chegou a ser furacão, agora é depressão tropical, gerando copiosas chuvas no nordeste do país.

Puente explicou que neste momento qualquer estrada do país que esteja perto dos litorais "pode representar uma possível emergência", por isso que pediu à população que tome extremas precauções perante a situação.

Até o momento, foram registradas 34 vítimas mortais: 15 no estado de Guerrero (sul), 12 em Veracruz (este), três em Hidalgo (centro), três em Puebla (centro) e uma em Oaxaca (sul), segundo dados oficiais.

A maior preocupação do funcionário são "os grandes escoamentos" que estão enchendo açudes e leitos de rios e poderiam ser uma ameaça para zonas povoadas, acrescentou o responsável de Defesa Civil.

No sulista estado de Guerrero, o que acumula mais danos até agora, o aeroporto internacional de Acapulco está inundado e paralisado, e a Estrada do Sol, que comunica a Cidade do México com Acapulco, está fechada por mais conta de mais de 20 desmoranamentos e o colapso de um túnel.


"Temos fechadas as vias de comunicação e todas as vias terrestres, e ainda foi muito difícil abrir o aeroporto comercial de Acapulco", disse Puente, que informou que há 48 municípios com declaração de emergência.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ordenou na segunda-feira que vários de seus ministros que viajassem aos estados mais afetados do país e ele mesmo se transferiu para Acapulco (Guerrero, sobre o Pacífico) para constatar de primeira mão os danos.

O governador de Guerrero, Ángel Aguirre, confirmou à "Televisa" que na segunda-feira foram resgatadas 152 pessoas unicamente em seu estado.

A Comissão Nacional de Água (Conagua) assinalou em comunicado que os remanescentes "Ingrid" e "Manuel" deixarão nas próximas horas "fortes chuvas sobre a maior parte do país".

As precipitações afetarão os estados de Jalisco, Nayari, Nuevo Leão, San Luis Potosí e Tamaulipas, enquanto serão registradas tempestades muito fortes em Colima, Coahuila, Guerrero, Hidalgo, Michoacán, Oaxaca, Puebla, Querétaro, Quintana Roo, Sinaloa, Veracruz e Zacatecas.

Além dos dois ciclones já debilitados, o organismo indicou que se formou "uma zona de instabilidade em frente a península de Iucatã", que "favorecerá chuvas torrenciais sobre dita região" nos próximos dias.

Para atender à emergência, a Cruz Vermelha Mexicana instalou um centro na Cidade do México para receber remédios, alimentos enlatados, farinhas e produtos de higiene pessoal e para a limpeza.

A catastrófica situação é extraordinária no México, pois desde 1958 dois ciclones de grande intensidade não tocavam o país, reconheceu o diretor-geral da Conagua, David Korenfeld.

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