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Combates se intensificam e membros da ONU são reféns

44 soldados de Fiji, membros de uma força de paz da ONU, estão sendo mantidos reféns por militantes islâmicos


	Colinas de Golã: guerra civil chegou mais perto da fronteira com o território sírio ocupado por Israel
 (Jalaa Marey/AFP)

Colinas de Golã: guerra civil chegou mais perto da fronteira com o território sírio ocupado por Israel (Jalaa Marey/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 14h44.

Ein Zivan/Colinãs de Golã/Manila - Intensos combates eclodiram nesta segunda-feira entre o Exército sírio e rebeldes islâmicos nas Colinas de Golã, onde 44 soldados de Fiji, membros de uma força de paz da ONU, estão sendo mantidos reféns por militantes islâmicos e dezenas de filipinos do mesmo contingente conseguiram fugir depois de resistir à captura.

A guerra civil de três anos da Síria chegou na semana passada mais perto da fronteira com o território sírio ocupado por Israel, quando combatentes islâmicos se apoderaram de um posto de passagem na linha que separa israelenses de sírios nas Colinas de Golã desde a guerra de 1973.

Os militantes islâmicos também se voltaram contra os capacetes azuis da ONU, de uma força de paz que vem patrulhando a linha de cessar-fogo há 40 anos. Após os 44 fijianos terem sido capturados na quinta-feira, mais de 70 filipinos foram sitiados em dois locais durante dois dias. Todos os filipinos chegaram a local seguro no fim de semana.

Trinta e dois foram resgatados de um posto avançado no sábado e 40 escaparam por outra área na manhã de domingo, enquanto os rebeldes estavam dormindo depois de um tiroteio que durou sete horas. Fiji diz que está negociando a liberação de seus 44 soldados e a ONU afirma não ter certeza sobre o local onde eles estão sendo mantidos.

A Frente Nusra, afiliada da Al Qaeda na Síria, diz que os capturou porque a força da ONU protege Israel. Não ficou imediatamente claro na segunda-feira se as forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, conseguiram retomar o controle da passagem de Quneitra, que está em mãos dos rebeldes da Frente Nusra. Persistentes tiros e explosões de projéteis de morteiros e outras munições podiam ser ouvidos do lado ocupado por Israel na fronteira e combatentes podiam ser claramente vistos em combate.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a violência na guerra civil síria, disse que a Frente Nusra e combatentes aliados estavam lutando contra as forças do governo sírio perto do cruzamento de Quneitra e na vizinha aldeia de Al-Hamiydiah. O Observatório afirmou que há baixas em ambos os lados.

O fundador do Observatório, Rami Abdelrahman, disse à Reuters que o objetivo da Frente Nusra parecia ser "acabar de uma vez por todas com a presença do regime sírio na área e expulsar os observadores internacionais". A força de paz da ONU na região, conhecida como UNDOF, inclui 1.223 soldados da Índia, Irlanda, Nepal e Holanda, bem como os fijianos e filipinos que ficaram sob o ataque na semana passada.

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