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Forças rebeldes sírias dizem que podem retomar Raqqa do EI

Grupo apoiado pelos Estados Unidos disse estar seguro que pode retomar a principal base de operações do Estado Islâmico na Síria

Combatente sírio em Raqqa: FDS e as YPG vêm sendo as principais parceiras dos EUA em sua campanha contra o Estado Islâmico na Síria (Rodi Said/Reuters)

Combatente sírio em Raqqa: FDS e as YPG vêm sendo as principais parceiras dos EUA em sua campanha contra o Estado Islâmico na Síria (Rodi Said/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de março de 2017 às 14h16.

Beirute - Milícias da Síria apoiadas pelos Estados Unidos disseram na quinta-feira que têm forças suficientes para capturar a cidade de Raqqa do Estado Islâmico com auxílio da coalizão liderada por Washington, reiterando oposição à participação da Turquia no ataque.

Raqqa é a principal base de operações do Estado Islâmico na Síria, e a campanha de reconquista apoiada pelos EUA está sendo reforçada pela chegada de uma unidade de artilharia de fuzileiros navais norte-americanos.

Nos últimos dias as Forças Democráticas da Síria (FDS), que incluem a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo) e grupos árabes, interditaram a estrada que parte de Raqqa para a província de Deir al-Zor, bastião do Estado Islâmico, e que era a última grande rota para fora da cidade.

Profundamente preocupada com a influência do YPG, a Turquia está pressionando Washington para participar da investida final sobre Raqqa.

As FDS dizem ter descartado qualquer papel turco durante reuniões com autoridades dos EUA no mês passado, embora a Turquia tenha afirmado na quinta-feira que nenhuma decisão ainda foi tomada, e a coalizão disse que uma possível participação turca continua sendo um tema em discussão.

"O número de nossas forças está crescendo agora, particularmente entre as pessoas da área, e temos força suficiente para libertar Raqqa com apoio das forças da coalizão", disse Jihan Sheikh Ahmed, uma porta-voz das FDS.

A Turquia vê as YPG como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), uma insurgência que combate o governo turco há três décadas.

Ainda na quinta-feira um porta-voz das SDF disse à Reuters que espera que as forças cheguem aos arredores da cidade dentro de algumas semanas. Suas unidades começaram a cercar Raqqa em novembro.

"Temos informação de que o inimigo está retirando parte de sua liderança da cidade, e também está cavando túneis subterrâneos. Acreditamos que eles irão fortificar a cidade e que o grupo terrorista irá depender de combates nas ruas", disse Ahmed.

As FDS e as YPG vêm sendo as principais parceiras dos EUA em sua campanha contra o Estado Islâmico na Síria.

A coalizão encabeçada pelos norte-americanos vem proporcionando apoio aéreo e enviou forças especiais ao território sírio para ajudar a campanha contra os jihadistas.

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