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Forças pró-governo tomam aeroporto de Hodeida no Iêmen

O aeroporto da cidade de Hodeida estava controlado pelos rebeldes huthis e a coalizão liderada pela Arábia Saudita faz uma ofensiva desde a semana passada

A cidade é o é o principal ponto de entrada das importações e da ajuda humanitária no Iêmen (Abduljabbar Zeyad/Reuters)

A cidade é o é o principal ponto de entrada das importações e da ajuda humanitária no Iêmen (Abduljabbar Zeyad/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de junho de 2018 às 10h17.

As forças pró-governo iemenitas assumiram o controle total do aeroporto de Hodeida - anunciou nesta quarta-feira (20) a coalizão liderada pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos, que iniciou uma ofensiva na semana passada para recuperar esta cidade portuária ocupada pelos rebeldes huthis.

"O aeroporto está sob controle total das tropas pró-governo", afirmou Abdel Salam al-Shehi, comandante das forças da coalizão no Iêmen, em um vídeo exibido pela WAM, a agência oficial de notícias dos Emirados.

"Hoje o aeroporto de Hodeida foi libertado graças às 'Brigadas dos Gigantes' e ao apoio da coalizão", disse o comandante.

As forças pró-governo entraram no aeroporto durante intensos combates que provocaram a morte de pelo menos 33 rebeldes e 19 soldados.

Os Emirados fornecem apoio em terra às forças iemenitas envolvidas na ofensiva de Hodeida.

Na véspera da retomada do aeroporto, combates foram registrados no entorno do local entre as forças leais ao governo, apoiadas pela coalizão liderada por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã.

As "Brigadas dos Gigantes" são uma antiga unidade de elite do Exército iemenita reconstituída pelos Emirados e reforçada por milhares de combatentes do sul do Iêmen.

Hodeida, cidade de 600.000 habitantes às margens do Mar Vermelho, é o principal ponto de entrada das importações e da ajuda humanitária no Iêmen, país pobre e em guerra desde 2015.

A coalizão acusa os rebeldes iemenitas de receberem armas iranianas neste porto, o que o governo do Irã nega.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), quase metade da população da cidade é de menores de idade.

De acordo com os moradores de Hodeida que foram contactados pela AFP, os rebeldes huthis criaram trincheiras e barreiras de terra para a eventualidade de combates urbanos.

As tentativas de mediação da ONU, para evitar um massacre, fracassaram até o momento.

A coalizão liderada por Riad atua no Iêmen desde março de 2015 para ajudar o presidente Abd Rabo Mansur Hadi, reconhecido pela comunidade internacional, a deter o avanço dos rebeldes que ocupam várias regiões do país, incluindo a capital Sanaa.

Hadi, que vive no exílio em Riad, viajou na quinta-feira da semana passada para Aden, a capital provisória no sul do Iêmen, para exercer sua autoridade, em sua primeira visita ao país em mais de um ano. De acordo com a agência oficial Saba, ele retornou para "supervisionar" as operações em Hodeida.

Nesta guerra que já deixou 10.000 mortos em mais de três anos, a batalha de Hodeida é a mais importante após a ofensiva de 2015 que permitiu às forças pró-governo recuperarem várias regiões do sul do país, incluindo Aden.

O Conselho de Segurança da ONU pediu que o porto, fundamental para o Iêmen, continue aberto para as entregas de alimentos e de ajuda humanitária.

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