Síria: forças pró-governo na Síria estão esvaziando importantes aeroportos e bases aéreas militares em preparação para possíveis ataques dos Estados Unidos (Rodi Said/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de abril de 2018 às 10h38.
Última atualização em 11 de abril de 2018 às 11h45.
Beirute - As forças governamentais sírias estão evacuando suas principais bases no país perante as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de responder "contundentemente" ao suposto ataque químico ocorrido há quatro dias perto de Damasco, segundo ativistas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos apontou que os soldados leais ao Governo sírio estão esvaziando os aeroportos e as bases mais importantes, enquanto continuam em estado de alerta, em cumprimento das ordens de seu comando.
Ontem, essa mesma fonte tinha revelado que a liderança das tropas governamentais sírias tinha dado instruções para que suas forças se mobilizassem durante 72 horas.
A Sociedade Médica Síria Americana (SAMS, por sua sigla em inglês) e a Defesa Civil da Síria, ambas organizações apoiadas pelos EUA, asseguraram que pelo menos 42 pessoas morreram no sábado com sintomas de ter sofrido um ataque com substâncias tóxicas.
Nenhuma outra fonte confirmou que se tratasse de um bombardeio com armamento químico e tanto Damasco como Moscou negaram o uso deste tipo de armas em Duma.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 21 pessoas morreram nesse dia por asfixia, mas como resultado do desabamento "dos edifícios" nos quais estavam.
Em 6 de abril de 2017, Trump ordenou lançar dezenas de mísseis contra a base aérea síria de Al Shairat, na província central de Homs, como represália pelo ataque químico em de Khan Sheikun, onde morreram mais de 80 pessoas e do qual a ONU culpou ao Governo de Damasco.