Mundo

Forças israelenses estão em alerta antes de festas judaicas

Israel reforçou seu estado de alerta antes da festa de Yom Kippur, o Grande Perdão judeu, e da celebração do Sucot, a festa das Cabanas


	Judeus: no ano passado, este período esteve marcado por fortes tensões
 (Jack Guez/AFP)

Judeus: no ano passado, este período esteve marcado por fortes tensões (Jack Guez/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 10h57.

As forças israelenses detiveram dezenas de palestinos após um ataque mortal no domingo em Jerusalém, que reacende os temores de uma nova onda de violência antes das grandes celebrações judaicas.

Misbah Abu Sbeih, um palestino de Jerusalém Oriental de 39 anos, abriu fogo no domingo em três lugares diferentes de Jerusalém, matando Levana Melihi, uma aposentada de 60 anos, e Yossef Kirma, um policial de 29, e deixando cinco feridos. O agressor, que foi abatido pela polícia, carregava um fuzil M16.

Desde o ataque, dezenas de palestinos foram detidos em Jerusalém Oriental: membros da família do atacante, palestinos que queriam participar das celebrações em sua memória, e outras pessoas acusadas de ter lançado pedras e garrafas incendiárias contra as forças de segurança.Outros 16 palestinos foram presos durante a noite na Cisjordânia, território palestino limítrofe com Jerusalém e ocupado por Israel, informou o exército.

As forças de segurança fizeram medições da casa de Misbah Abu Sbeih para ser demolida, disse o exército. Durante a operação, um soldado ficou levemente ferido na explosão de um artefato caseiro nos confrontos, segundo o exército.

Contexto difícil

Israel reforçou seu estado de alerta antes da festa de Yom Kippur, o Grande Perdão judeu, que começa na noite de terça-feira, e da celebração do Sucot, a festa das Cabanas, a partir de domingo.

No ano passado, este período esteve marcado por fortes tensões.

Durante estas celebrações, dezenas de milhares de judeus vão rezar no Muro das Lamentações, na Cidade Velha em Jerusalém Oriental, ao pé da Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar sagrado do Islã e também venerado pelos judeus como Monte do Templo.

Desde outubro de 2015, a onda de violência que explodiu nos Territórios Palestinos, em Israel e Jerusalém custou a vida de 232 palestinos, 36 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês, segundo um balanço da AFP. A maioria dos palestinos mortos eram autores ou supostos autores de ataques.

A polícia anunciou a mobilização de mais unidades em Israel, sobretudo em Jerusalém, na Cidade Velha e perto do Muro das Lamentações. Está previsto que mais de 3.000 policiais patrulhem Jerusalém durante as celebrações.

Levando em conta o perfil do assassino, as autoridades temem que outros palestinos o tomem como exemplo.

Misbah Abu Sbeih era conhecido como militante ativo da "defesa" da Esplanada. Pertencia ao "mourabitoun", movimento informal de muçulmanos que se propõem a proteger este espaço e que Israel proibiu em 2015 porque incitava ao ódio.

O atacante proclamou nas redes sociais sua admiração pela mesquita Al-Aqsa, situada na Esplanada.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasIsraelJudeusSegurança públicaTerrorismo

Mais de Mundo

Macron afirma a Milei que França não assinará acordo entre UE e Mercosul

Sánchez apoiará Lula no G20 por um imposto global sobre grandes fortunas

Biden autoriza Ucrânia a usar armas dos EUA para atacar Rússia, diz agência

Porta-voz do Hezbollah é morto em ataque israelense em Beirute