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Forças iraquianas retomam sede do governo em Tikrit

Este é o avanço mais significativo desde o início, em 2 de março, da ofensiva, a mais importante contra os jihadistas

Forças do governo iraquiano mantêm vigilância nos arredores de Tikrit (Ahmad al-Rubaye/AFP)

Forças do governo iraquiano mantêm vigilância nos arredores de Tikrit (Ahmad al-Rubaye/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 11h47.

Kirkuk - As tropas iraquianas retomaram a sede do governo provincial em Tikrit, quase um mês depois do início de uma ofensiva contra esta cidade do norte do Iraque controlada pelo grupo Estado Islâmico (EI).

"As forças iraquianas esvaziaram o complexo governamental em Tikrit", afirmou um general do exército que pediu anonimato.

"Controlamos os edifícios governamentais à noite", completou.

Este é o avanço mais significativo desde o início, em 2 de março, da ofensiva, a mais importante contra os jihadistas desde que, em junho do ano passado, o EI assumiu o controle amplas áreas no Iraque, sobretudo na região norte.

Raad al-Juburi, o governador de Saladino, cuja capital provincial é Tikrit, confirmou a retomada da sede do governo local e destacou que as bandeiras do Iraque foram hasteadas novamente em vários edifícios.

O porta-voz da milícia xiita Badr, Karim al-Nuri, também confirmou a informação.

As Unidades de Mobilização Geral (UMG, forças paramilitares de maioria xiita) também participaram nos combates.

Alguns combatentes destas milícias xiitas que apoiam o exército iraquiano se retiraram na semana passada da ofensiva, depois que que os Estados Unidos bombardearam os jihadistas em Tikrit.

Alguns líderes dos combatentes acusaram Washington de querer "roubar a vitória" na cidade, enquanto suas forças, equipadas e aconselhadas pelo Irã, realizaram, segundo eles, a maior parte do esforço.

O Pentágono pediu um papel maior das forças de segurança iraquianas na batalha de Tikrit em troca de sua intervenção. Na sexta-feira da semana passada chegou a celebrar a retirada das "milícias xiitas vinculadas a, infiltradas por ou sob a influência do Irã".

Atentado suicida

A coalizão anunciou que executou três ataques aéreos na região de Tikrit entre domingo e segunda-feira.

Depois de conquistar o apoio de seus respectivos lados, ao declarar que não pretendiam combater juntos, Estados Unidos e as milícias xiitas seguem na ofensiva sobre Tikrit.

As principais milícias das Unidades de Mobilização Popular desempenharam um papel chave em operações contra o EI em diversas áreas ao norte de Bagdá, mas foram acusadas de cometer abusos e de execuções sumárias.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou na segunda-feira em Bagdá que o Iraque deve "levar os grupos armados voluntários a combater sob o controle governamental".

"Os civis libertados da brutalidade do Daesh (acrônimo do EI em árabe) não deveriam temer seus libertadores", completou.

A segurança dentro e nas proximidades de Bagdá melhorou de forma significativa durante a batalha contra o EI, sobretudo porque os jihadistas se viram obrigados a lutar em outras frentes.

Mas os ataques não dão trégua, como o atentado suicida desta terça-feira contra um ônibus no qual viajavam peregrinos iranianos na região de Taji, ao norte da capital.

A explosão deixou quatro mortos e 11 feridos, segundo fontes médicas.

Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento, mas os atentados suicidas no Iraque costumam levar a marca dos extremistas sunitas do EI, que consideram os xiitas apóstatas e alvos de suas agressões.

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