Bagdá - As forças iraquianas controlam 80% da cidade de Ramadi, capital da província ocidental de Al-Anbar, afirmou nesta segunda-feira o diretor do departamento de luta antiterrorista do Iraque, Abdelgani al Asadi.

Este avanço importante das tropas ocorre no marco da campanha militar lançada na terça-feira para expulsar o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) da urbe, que caiu em mãos dos jihadistas em maio passado.

As forças governamentais tomaram ontem o complexo governamental situado no centro da cidade, o que significa que o EI foi derrotado em Ramadi, indicou hoje o porta-voz do departamento de luta antiterrorista, Sabah al Nomani.

Al Nomani acrescentou, em comunicado, que o próximo passo será "limpar os focos" jihadistas que restam em algumas zonas da urbe.

Fontes militares disseram à Agência Efe que as forças iraquianas operam hoje nas zonas de Albufarash, do complexo governamental, de Al Madish e de Albueiza.

Nas citadas zonas ocorrem enfrentamentos com os extremistas e operações para desativar artefatos explosivos e carros-bomba colocados pelo EI.

As fontes militares apontaram que a presença do EI se limita às zonas de Al Zila, no norte da cidade, e Al Sufeiya, no leste.

Os jihadistas estão impedindo a saída destes distritos de civis para dificultar as operações militares.

Alguns membros da organização terrorista fugiram através de túneis secretos pelo leste para a cidade de Faluja, a segunda maior de Al-Anbar, que segue sob seu controle, segundo as fontes.

A reconquista ontem do complexo governamental, que abriga as principais sedes administrativas, entre elas a do Governo provincial de Al-Anbar, supôs uma grande vitória para as autoridades.

As forças iraquianas contam nesta ofensiva com o apoio da aviação nacional e da coalizão internacional liderada pelos EUA.

A perda de Ramadi vai ser um duro golpe para os jihadistas e permitirá às forças governamentais se concentrar na libertação de Mossul, a segunda cidade do país e o principal reduto do EI no Iraque.

O EI conquistou Mossul em junho de 2014 e no final desse mês proclamou um califado nas vastas zonas sob seu controle do Iraque e na vizinha Síria.