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Forças da Venezuela patrulham ruas de Caracas antes de protestos

Oposição marcou para hoje uma manifestação contra o governo socialista do presidente venezuelano, Nicolás Maduro

Protestos na Venezuela: pressão internacional contra Maduro aumentou, e os protestos desarticulados dos opositores foram retomados (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protestos na Venezuela: pressão internacional contra Maduro aumentou, e os protestos desarticulados dos opositores foram retomados (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2017 às 12h33.

Caracas - As autoridades da Venezuela fecharam estações de metrô, interditaram uma praça central e montaram postos de verificação adicionais em Caracas nesta terça-feira, dia escolhido pela oposição para uma manifestação contra o governo socialista do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disseram testemunhas.

Os apoiadores de Maduro planejam sua própria passeata. Com medo de confrontos, alguns moradores resolveram ficar em casa, e alguns pontos comerciais ficaram fechados.

As tensões se elevaram depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pró-Maduro anulou as funções do Congresso, dominado pela oposição, na semana passada.

Embora a corte tenha voltado atrás na medida no fim de semana, a Assembleia Nacional continua impotente devido a veredictos anteriores do judiciário. A pressão internacional contra Maduro aumentou, e os protestos desarticulados dos opositores foram retomados.

"Foi o senhor Maduro que ordenou que se fechassem todos os acessos a Caracas para impedir as pessoas de expressarem seu repúdio", disse o líder opositor Henrique Capriles. "Ele está aterrorizado".

Atingido por críticas da maioria da América Latina, Maduro afirma que o governo dos Estados Unidos e outros inimigos estão tentando alimentar a histeria contra ele para preparar o terreno para um golpe.

O governo Maduro está particularmente furioso com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que está à frente da condenação regional da Venezuela.

"A direita venezuelana está planejando ações violentas para dar a Almagro uma desculpa que justifique uma agressão", disse Jorge Rodriguez, membro do alto escalão do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

"Vocês estão tentando promover a morte de venezuelanos".

A oposição conquistou a maioria da Assembleia Nacional no final de 2015, mas o TSJ reverteu quase todas suas medidas.

A Assembleia planejava iniciar procedimentos ainda nesta terça-feira para afastar os juízes do tribunal, mas o gesto só teria valor simbólico, já que a Casa não tem poder de fato para atuar.

A legislatura também deve debater moções para denunciar a "ruptura da ordem constitucional" na Venezuela.

Policiais com escudos se posicionaram na manhã desta terça-feira nos arredores da Plaza Venezuela de Caracas, onde partidários da oposição tinham planejado se reunir antes de rumar para a Assembleia Nacional.

O tráfego estava lento nas principais rodovias de acesso à capital devido ao aumento de barreiras policiais.

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