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Forças curdas conseguem conter avanço do EI na Síria

Combatentes apelaram para que os ataques aéreos liderados pelos EUA tenham como alvo os tanques e armamentos pesados dos insurgentes


	Síria: combatentes curdos e do EI trocaram salvas de artilharia e tiros de metralhadoras
 (Azad Lashkari/Reuters)

Síria: combatentes curdos e do EI trocaram salvas de artilharia e tiros de metralhadoras (Azad Lashkari/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 11h07.

Beirute/Karaca - Forças curdas no norte da Síria rebateram um avanço de combatentes do Estado Islâmico contra uma cidade estratégica na fronteira turca, nesta quinta-feira, e apelaram para que os ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos tenham como alvo os tanques e armamentos pesados dos insurgentes.

O Estado Islâmico (EIIL) lançou há mais de uma semana uma nova ofensiva para tentar capturar a cidade fronteiriça de Kobani, cercando-a por três lados.

Pelo menos 140 mil curdos fugiram da cidade e das vilas próximas desde a sexta-feira, cruzando para a Turquia.

Combatentes curdos e do Estado Islâmico trocaram salvas de artilharia e tiros de metralhadoras em um aglomerado de vilas a cerca de 15 quilômetros de Kobani, onde a frente de batalha não parece ter se alterado significativamente há dias, disse uma testemunha da Reuters.

Autoridades curdas locais, enquanto isso, disseram que o Estado Islâmico havia concentrado seus combatentes ao sul da cidade na noite de quarta-feira, e estavam pressionando para avançar, mas acrescentaram que o principal grupo armado curdo no norte da Síria, o YPG, os havia repelido durante a noite.

“O YPG respondeu e os repeliu de volta a 10-15 quilômetros de distância”, disse à Reuters por telefone Idris Nassan, vice-ministro de Relações Exteriores da região de Kobani.

Refugiados curdos sírios que observavam o confronto a partir de uma colina do lado turco da fronteira disseram que insurgentes do Estado Islâmico não foram capazes de avançar.

Veículos militares turcos patrulharam seu lado da fronteira, com soldados ocasionalmente retirando pessoas da colina de onde se viam os combates.

Armas pesadas também podiam ser ouvidas do ladro sírio da fronteira. A localização da cidade tem bloqueado os insurgentes sunitas na consolidação de seus avanços no norte da Síria.

O grupo tentou tomar a cidade em junho, mas foi repelido por forças locais apoiadas por combatentes curdos vindos da Turquia.

O YPG, nesta quinta-feira, renovou seus pedidos de que ataques aéreos liderados pelos EUA acertem posições do Estado Islâmico ao redor de Kobani.

“Embora todas as posições do EIIL e seus armamentos pesados, incluindo tanques e veículos blindados ao redor de Kobani, estejam claros e dentro da visão para todos na linha de frente, vale notar que esses alvos ainda não foram bombardeados”, disse o porta-voz do YPG, Redur Xelil.

“Estamos na maior prontidão para cooperar com a coalizão de forças internacionais contra o terrorismo e dar informações detalhadas sobre os principais alvos”, disse ele.

A Turquia tem sido lenta em unir-se à coalizão para combater o Estado Islâmico na Síria, preocupada, em parte, pelos laços entre curdos sírios e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo militante que se contrapõe ao governo turco há três décadas, em busca de mais direitos para os curdos.

O PKK pediu que os curdos da Turquia entrem na batalha para defender Kobani e acusou a Turquia de apoiar o Estado Islâmico.

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