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Forças curdas acusam EI de utilizar gás mostarda no Iraque

O secretário-geral do Ministério dos Peshmergas disse que os jihadistas utilizaram o gás químico contra as forças curdas durante ataques suicidas


	Soldados no Iraque com bandeira do EI: os resultados preliminares das amostras tomadas dos destroços dos ataques do EI confirmam o uso de gás mostarda
 (Reuters)

Soldados no Iraque com bandeira do EI: os resultados preliminares das amostras tomadas dos destroços dos ataques do EI confirmam o uso de gás mostarda (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 13h39.

Mossul - As forças curdas acusaram o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) de utilizar gás mostarda em seus ataques contra as forças governamentais no norte do Iraque, informou nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte curda.

O secretário-geral do Ministério dos Peshmergas, Yabar Yaur, disse à Efe que os jihadistas utilizaram o gás químico contra as forças curdas durante ataques suicidas na região da represa de Mossul ocorridos em dezembro do ano passado.

Yaur detalhou que os resultados preliminares das amostras tomadas dos destroços dos ataques do EI confirmam o uso de gás mostarda, um produto químico que os jihadistas utilizaram para fabricar explosivos e carros-bomba.

Além disso, informou que os extremistas dispararam projéteis com esse produto químico na região de Majmur, 40 quilômetros ao sudoeste de Erbil, na província de Ninawa, no último mês de agosto.

O Ministério de Defesa iraquiano coletou várias amostras da terra onde impactaram os explosivos, depois que pelo menos 24 soldados curdos sofreram queimaduras na pele e problemas de respiração.

No último mês de agosto, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos expressou suas suspeitas de que o EI poderia ter usado pela primeira vez gás mostarda em um ataque contra forças curdas na primeira semana desse mês no Iraque.

O gás mostarda pode causar cegueira e problemas respiratórios, mas só é mortal em quantidades muito elevadas.

Se for confirmado o uso de agentes químicos como o gás mostarda por parte do EI, a luta contra este grupo adquiriria novas dimensões, já que os EUA deveriam treinar seus aliados no território para defender-se perante estes ataques e, possivelmente, oferecer material protetor.

Síria e Iraque são as duas origens mais prováveis do armamento químico, do qual já se tinha constância que poderia estar em poder do EI inclusive antes de receber a informação sobre o ataque às forças curdas.

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