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Forças Armadas sírias dispararam mísseis contra rebeldes

As fontes indicaram que os mísseis foram lançados da área de Damasco em direção ao norte da Síria, em áreas controladas pelo grupo armado rebelde Exército Livre Sírio


	A cidade síria de Alepo em 1º de dezembro: conflito que começou há quase dois anos na Síria causou mais de 40 mil mortes
 (©afp.com / Javier Manzano)

A cidade síria de Alepo em 1º de dezembro: conflito que começou há quase dois anos na Síria causou mais de 40 mil mortes (©afp.com / Javier Manzano)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 17h44.

Washington - As Forças Armadas sírias dispararam nos últimos dias mísseis Scud contra a insurgência, afirmaram nesta quarta-feira ao jornal ''The New York Times'' fontes oficiais americanas, que qualificaram o ataque como uma ''escalada significativa'' do conflito.

As fontes, que falaram em condição de anonimato por tratar-se de informação confidencial, indicaram que os mísseis foram lançados da área de Damasco em direção ao norte da Síria, em áreas controladas pelo grupo armado rebelde Exército Livre Sírio (ELS).

Não está claro quantas baixas causaram, mas, segundo o jornal, esta seria a primeira vez que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, lança um ataque destas características contra alvos dentro do país.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, não confirmou hoje em sua entrevista coletiva diária a veracidade desses ataques, mas ressaltou que não estranharia se o regime atuasse dessa forma.

Se as informações sobre o lançamento de mísseis estiverem corretas, se trataria de ''um ato de desespero'' do regime e ''completamente desproporcional'', ressaltou o porta-voz do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

O conflito que começou há quase dois anos na Síria causou mais de 40 mil mortes, enquanto o êxodo de refugiados já supera os 200 mil, segundo números das Nações Unidas.

As fontes não revelaram ao ''NYT'' como constataram o lançamento dos mísseis, mas a inteligência americana seguiu de perto a evolução do conflito através de vigilância aérea, perante o temor que Assad possa ordenar o uso de armas químicas.

O ataque com Scuds, desenvolvidos pela extinta União Soviética, mostra, segundo os analistas, o aumento da pressão contra Assad, já que estes tipos de mísseis são armas principalmente defensivas.

Nas últimas semanas, os rebeldes atacaram várias bases militares e tomaram armas de defesa aérea com capacidade para disparar contra os aviões do regime sírio.

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