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Forças Armadas do Egito pedem o fim das manifestações

Junta militar que governa o país considera que os protestos atrapalham a segurança e a economia do país

Apesar da queda de Mubarak, os protestos continuam no Egito (Khaled Desouki/AFP)

Apesar da queda de Mubarak, os protestos continuam no Egito (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 12h20.

Cairo - A junta militar que governa no Egito pediu nesta segunda-feira o fim das manifestações registradas no Cairo e outras cidades por considerar que afetam a segurança e a atividade econômica.

O pedido foi feito em um novo comunicado do Conselho Supremo das Forças Armadas divulgado pela rede de televisão pública, o quarto desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder desde 1981.

A mensagem diz que as manifestações estão afetando negativamente a segurança e a produção, prejudicam os interesses dos cidadãos e criam um ambiente "para que gente irresponsável execute ações ilegais".

"Os egípcios honoráveis veem que estes protestos, neste momento, provocam um efeito negativo" em diferentes aspectos, segundo destaca o comunicado.

Desde que Mubarak foi derrubado, vêm ocorrendo manifestações no Egito tanto por motivos políticos como sindicais. Em vários pontos da capital houve protestos nesta segunda-feira de funcionários públicos reivindicando aumentos salariais e outras demandas.

O Conselho Supremo do Exército considera que estas manifestações "prejudicam a segurança do país" e promovem confusões em diferentes organismos e setores do Estado.

A nota também insiste que as ações afetam a economia nacional e os interesses dos cidadãos.

Após enumerar os supostos efeitos negativos dos protestos e insistir no papel fiador do Exército, o conselho militar pediu a todos os cidadãos "que realizem todos os esforços" possíveis para melhorar a situação do país.

Finalmente, ressaltou a necessidade de se criar "o ambiente necessário para administrar os assuntos do país neste momento difícil, para que possa ser entregue a um poder civil legítimo e eleito pelo povo que assuma sua responsabilidade para continuar o caminho democrático e de progresso".

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