Extração de petróleo: 11ª rodada para exploração de áreas de petróleo e gás deve ocorrer em maio de 2013 sob o regime de concessão (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 19h09.
A primeira licitação de áreas para exploração de petróleo no pré-sal do Brasil, prevista para novembro, terá no máximo dez blocos, afirmou uma fonte do governo nesta sexta-feira.
O edital do leilão deve sair em julho, acrescentou a fonte, pedindo anonimato.
Como no pré-sal o potencial de petróleo e gás é muito maior do que nas outras áreas e há mais chance de sucesso nas perfurações, a ideia no governo é de que os leilões envolvam poucos blocos.
"Eu diria que é entre um e dez. Mas isso é ordem de grandeza. Pode ser um, pode ser dois. É de pouquinho em pouquinho", disse.
Os leilões tradicionais, fora da área do pré-sal e sob regime de concessão, envolvem quantidades muito maiores de blocos. A 11a rodada de concessões, anunciada pelo governo esta semana para ocorrer em maio, por exemplo, terá 172 blocos.
A primeira rodada de petróleo no pré-sal, que introduz no Brasil o regime de partilha, foi confirmada para novembro pela presidente Dilma Rousseff, segundo disse na quinta-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
NÃO-CONVENCIONAL
Já a 12a rodada de licitações, que ocorrerá pelo regime de concessão por não prever grandes reservas localizadas no pré-sal, terá ênfase em áreas de gás não-convencional, disse a mesma fonte.
Segundo a fonte do governo, a exploração do chamado "gás de xisto" será submetida a exigências técnicas mais rigorosas do que as normais, para evitar acidentes.
A produção de gás ou petróleo não-convencionais ocorrerá em terra e consiste em um complexo processo de perfuração que rompe a camada de argila onde estão as "nascentes" das reservas de hidrocarbonetos.
Como essa produção exige que sejam feitas fraturas na rocha, em caso de acidentes o óleo ou o gás podem vazar pelo subsolo e, no limite, atingir até aquíferos subterrâneos.
O primeiro leilão de blocos de gás e petróleo não convencionais deve ocorrer em dezembro, num momento em que o consumo de gás no país está em patamares elevados por causa da forte demanda das térmicas, acionadas para compensar o baixo nível das hidrelétricas.