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FMI reclama de subsídios para encarar crise de alimentos

Fundo pediu cuidados no uso de subsídios para combater a alta dos preços e defendeu outras medidas

O FMI se mostrou preocupado com a alta dos alimentos na América Latina

O FMI se mostrou preocupado com a alta dos alimentos na América Latina

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 15h26.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu nesta sexta-feira que é "primordial" confrontar a alta dos preços dos alimentos e do petróleo na América Latina, mas alertou sobre os perigos dos "subsídios generalizados" para a economia.

"É preciso ser muito cuidadoso quanto ao modo de tentar reduzir o impacto da alta destes preços", disse nesta sexta-feira em entrevista coletiva o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Nicolás Eyzaguirre, que reconheceu que o aumento nos preços dos alimentos na América Latina representa um "grande desafio social" na região.

No entanto, o FMI "prefere uma compensação que não seja feita através dos subsídios generalizados, que não são focalizados e são regressivos do ponto de vista da receita", sustentou Eyzaguirre.

Tais subsídios, disse, "enviam sinais inapropriados à economia sobre a escassez real destes produtos e não geram incentivos sobre possíveis substituições para consumidores e produtores".

Além disso, o diretor considerou que estas "políticas universais são frequentemente de alto custo e podem se transformar permanentes, exigindo maiores ajustes em outras partes do orçamento".

Neste sentido Eyzaguirre recomendou programas sociais que incluam transferências focalizadas e políticas alternativas.

O responsável do FMI para a região destacou a alta dos preços dos alimentos como um dos motores do "superaquecimento" que começam a serem identificados na região.

Em seu relatório sobre "Perspectivas Econômicas Globais", o FMI projetou uma inflação para a América Latina e o Caribe em 2011 de 6,7% e de 6% para 2012

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