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FMI pode ativar reserva para empréstimos em crises, dizem fontes

Países que participam do fundo vão decidir quanto dos US$ 589 bilhões ficarão disponíveis

Strauss-Kahn, diretor do FMI, pediu a ativação das reservas em meio à crise portuguesa (Stephen Jaffe/IMF)

Strauss-Kahn, diretor do FMI, pediu a ativação das reservas em meio à crise portuguesa (Stephen Jaffe/IMF)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 08h52.

Paris - O Fundo Monetário Internacional está trabalhando para ativar sua reserva para empréstimos em crises, uma iniciativa que tem como objetivo mostrar que a institução tem liquidez suficiente para ajudar a resgatar países em necessidade e estabilizar a economia global, disseram duas autoridades do FMI.

Países que contribuem para a reserva, com novos membros incluindo o Brasil, a China e a Índia, estão procurando um acordo em torno de quanto dos US$ 583 bilhões da linha de crédito devem ficar disponíveis e por quanto tempo, de acordo com uma autoridade, que falou na condição de anonimato porque as discussões não são públicas.

As negociações estão acontecendo em um momento em que a crise de dívida na Europa se aprofunda, com a renúncia do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, aumentando os receios de que o governo do país está se aproximando de um pedido de resgate. A ativação da reserva deixaria o FMI, que ajudou a socorrer nações como a Grécia e Ucrânia nos últimos dois anos, com recursos amplos para o caso de mais países europeus precisarem de ajuda.

O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, pediu a ativação há cerca de duas semanas, disseram as autoridades, quando a expansão da reserva de liquidez foi ratificada, atendento ao pedido do G-20 em abril de 2009 para ampliar os recursos do Fundo.

A ativação pode ocorrer já na próxima semana, disse uma autoridade. O objetivo é ter a reserva em funcionamento na reunião semi-anual do FMI, em 16 e 17 de abril, disse outro funcionário.

O porta-voz do FMI, William Murray, disse em e-mail que a ativação “é apenas a consequência natural da ratificação”.

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