Agência de Notícias
Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 12h41.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve o prognóstico de crescimento de 2,2% para o Brasil em seu relatório trimestral Perspectivas Econômicas Mundiais, publicado nesta sexta-feira, 17. No documento, o Fundo manteve em 2,5% o prognóstico de crescimento para a economia da América Latina.
Para o México, houve a elevação em um décimo (1,4%) e espera-se uma forte recuperação da economia argentina (5,0%) após a recessão de 2024.
A desaceleração da economia brasileira ocorrerá após ter registrado um crescimento robusto de 3,7% em 2024, segundo novos cálculos do FMI, que revisam para cima em sete décimos a previsão divulgada em outubro do ano passado.
Esse forte crescimento do Brasil no ano passado, sustentado pelo consumo interno, impactou a inflação, que fechou 2024 em 4,83%, pouco acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que a inflação está diminuindo mais rapidamente nas economias avançadas do que nas emergentes, observando que o Brasil "enfrentou uma inflação um pouco maior".
Fontes do FMI reconheceram que a principal preocupação do Fundo em relação à economia latino-americana é justamente a pressão inflacionária no Brasil, algo que levou o Banco Central a elevar os juros para 12,25% na tentativa de conter os preços.
O relatório do FMI elevou as previsões de crescimento econômico do México para 2025 em um décimo, para 1,4%, e deixou inalterado o crescimento de 2% para 2026.
Em novembro, o FMI renovou o acesso do México à Linha de Crédito Flexível (LCF) de cerca de US$ 35 bilhões, dada a força de suas políticas macroeconômicas e de suas estruturas institucionais de políticas públicas.
No entanto, indicou que no México "a atividade econômica está se moderando, com desaceleração no consumo privado e no investimento, e uma diminuição no crescimento do emprego".
"Espera-se que o crescimento diminua ainda mais em 2025, refletindo a retirada do estímulo fiscal e a desaceleração da economia dos EUA", acrescentou o FMI.
Em relação à Argentina, o relatório prevê um panorama desafiador no curto prazo, mas com sinais de recuperação no futuro.
De acordo com novas projeções, o Produto Interno Bruto (PIB) real da Argentina deverá cair 2,8% em 2024, refletindo a contração persistente da atividade econômica em meio a um contexto macroeconômico complexo.
No entanto, a partir de 2025, o FMI espera uma recuperação significativa, com crescimento de 5,0% que se manteria em 2026, o que implica uma revisão para cima de três décimos para o próximo ano.