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FMI: Lagarde espera continuar reformas iniciadas por Strauss-Kahn

A candidata francesa à direção do fundo passou por três horas de entrevista com os 24 membros do conselho de administração do órgão

Christine Lagarde após apresentação: "acredito que o Fundo precisa ser mais reativo, certamente mais eficaz e mais legítimo" (Jim Watson/AFP)

Christine Lagarde após apresentação: "acredito que o Fundo precisa ser mais reativo, certamente mais eficaz e mais legítimo" (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h27.

Washington - A candidata francesa à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira que pretende continuar as reformas iniciadas por seu compatriota Dominique Strauss-Kahn, na saída da sua apresentação oral diante do conselho de administração do órgão internacional.

Lagarde, que ocupa até agora o cargo de ministra da economia da França, saiu sorridente da sede do FMI em Washington um pouco depois das 15h local (16h no horário de Brasília), após três horas de entrevista com os 24 membros deste conselho.

"Acredito que o Fundo precisa ser mais reativo, certamente mais eficaz e mais legítimo. E, para isso, muitas melhorias são necessárias, além da continuação das reformas iniciadas por meu predecessor", afirmou.

"O FMI é uma instituição notável, que tem funcionários excepcionais e precisa mostrar cada vez mais compromisso e legitimidade perante cada um dos 187 membros. Essa é a minha ambição", completou.

"Agora, a decisão é dos estados membros" da instituição, concluiu.

Os 24 membros do conselho de adminstração du FMI, 23 homens e uma mulher, vão escolher "por consenso", ou por meio de uma votação, se for necessário, o seu novo diretor-gerente até o dia 30 de junho. A escolha poderá até acontecer antes, explicou nesta quinta-feira pela manhã David Hawley, porta-voz do FMI.

A próxima etapa é uma reunião formal deste conselho na terça-feira, para avaliar as duas candidaturas.

O rival de Christine Lagarde é o mexicano Agustin Carstens, governador do banco central de seu país. O próprio Carstens confessou que a ministra francesa da economia é a favorita natural para ocupar o cargo.

A apresentação desta quinta-feira foi a última etapa da campanha de Lagarde, que a levou a viajar ao Brasil, Índia, China, Portugal, Arábia Saudita e Egito em busca de apoio para a sua candidatura.

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