Mundo

FMI e europeus ampliam polêmica sobre bancos, diz Financial Times

De acordo com o Financial Times, o FMI provocou controvérsia ao apresentar os títulos da dívida dos países como os causadores dos graves danos nos balanços de bancos

A prolongação prevista dos empréstimos é de 15 anos no mínimo, e pode ir até 30 anos (AFP)

A prolongação prevista dos empréstimos é de 15 anos no mínimo, e pode ir até 30 anos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 22h45.

Londres - A polêmica sobre os bancos europeus lançada pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, no sábado passado, foi ampliada nesta quarta-feira na sede da instituição em Washington, afirmou o jornal Financial Times em seu site.

De acordo com o Financial Times, os funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) provocaram uma forte controvérsia com as autoridades da Zona Euro ao apresentar estimativas que apontam os títulos da dívida dos países como os causadores dos graves danos nos balanços de bancos europeus, disse o jornal britânico.

O Financial Times citou "dois responsáveis" durante uma reunião do conselho de administração do FMI sobre este tema. Segundo eles, os europeus "recusaram" estas estimativas.

No sábado, Lagarde afirmou que a economia mundial enfrenta riscos "crescentes" e as "alternativas de medidas" de apoio são "mais reduzidas que antes".

No entanto, segundo ela, ainda restam soluções, e atuar de forma correta "ajudará a dissipar as dúvidas", completou ela, ao discursar em Jackson Hole, no leste dos Estados Unidos, durante um seminário internacional de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

"A economia mundial continua crescendo, mas não o suficiente. Algumas das razões da crise de 2008 foram resolvidas, mas não de forma adequada", afirmou Lagarde.

Na Europa, os países devem solucionar seus problemas de dívida e os bancos "precisam de uma recapitalização urgente", disse.

Nos Estados Unidos, os políticos devem "encontrar o equilíbrio" entre a redução da dívida e a reativação econômica, assim como solucionar os problemas relacionados à moradia, concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEuropaFMI

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA