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FMI diz que Grécia terá graves problemas se não acelerar reformas

Fundo quer que país melhore a cobrança de impostos e diminua seus gastos públicos

Sede do FMI: órgão também quer a reforme das empresas estatais gregas (Divulgação/IMF)

Sede do FMI: órgão também quer a reforme das empresas estatais gregas (Divulgação/IMF)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 12h35.

Kavuri, Grécia - Poul Thomsen, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Grécia, alertou nesta quinta-feira que o país enfrentará graves dificuldades se o Governo não acelerar as medidas para as reformas tributárias.

"Para que o programa trianual de resgate da economia grega tenha êxito é imprescindível que a Grécia melhore seu mecanismo de cobrança de impostos, que controle seus gastos públicos e reforme as empresas estatais", disse.

"Grécia se encontra num cruzamento, se não agir rápido, achamos que enfrentará graves dificuldades para alcançar seus objetivos nos próximos três anos", alertou em entrevista publicada pela revista "The Economist".

Thomsen especificou que, levando em conta que a economia grega decresce 8% para conseguir a meta de reduzir o déficit em 7%, as medidas de economia terão que contabilizar 15% do Produto Interno Bruto (PIB).

As medidas de redução dos gastos públicos que significaram cortes de salários e pensões no setor público, e um aumento de impostos, causaram um profundo descontentamento na sociedade grega.

Thomsen destacou que neste ano, a Grécia conseguiu reduzir seu déficit fiscal em 6% do PIB mas que ao mesmo tempo, a economia se contraiu.

Grécia teve que recorrer em maio a um empréstimo de 110 bilhões de euros dos países da eurozona por três anos.

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