Mundo

FMI defende que UE amplie ajuda contra crise da dívida

O FMI também recomendou que a UE adote um grande programa de teste de estresse nos bancos da região e feche algumas instituições de crédito

Segundo o FMI, o Banco Central Europeu deveria dar segurança, provendo financiamento de médio prazo para bancos nos países da zona do euro (Ian Waldie/Getty Images)

Segundo o FMI, o Banco Central Europeu deveria dar segurança, provendo financiamento de médio prazo para bancos nos países da zona do euro (Ian Waldie/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 16h58.

Londres - A União Europeia (UE) precisa desenvolver um novo "plano abrangente", que inclua a ampliação da escala de ajuda, se quiser resolver a crise de dívida da Irlanda e de outros países que utilizam o euro, disse hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na revisão sobre os progressos obtidos pela Irlanda dentro do programa de ajuda financeira, as considerações da equipe do FMI foram além do programa de ajuda ao país, com recomendações para que a UE amplie o programa de socorro a custos acessíveis a todas as nações que necessitam de ajuda, se quiser resolver a crise da dívida na zona do euro.

O FMI também recomendou que a UE adote um grande programa de teste de estresse nos bancos da região e feche algumas instituições de crédito, se necessário.

O fundo disse que as incertezas no mercado de bônus ainda não estão afetando países como a Irlanda, a Grécia e Portugal, mas podem se espalhar e criar riscos para toda a zona do euro.

A União Europeia deveria convencer os investidores privados de que a perspectiva de reestruturação das dívidas soberanas está completamente "fora da mesa". Para isso, é preciso que se aumente a Linha de Estabilidade Financeira Europeia, o fundo de ajuda estabelecido para nações da zona do euro com problemas, e que se faça um novo esforço radical por uma aproximação "flexível" dos problemas enfrentados pela zona do euro.

"Os parceiros europeus precisam deixar claro para os países com programas (de ajuda) que haverá o montante correto de financiamento com os termos corretos e pelo período correto para que se obtenha sucesso", disse o vice-diretor do departamento europeu do FMI, Ajai Chopra.

"Em outras palavras, os países não podem fazer (as mudanças) sozinhos e colocar um fardo desproporcional no custo do ajuste sobre um país, pode não ser adequado economicamente e politicamente", disse Chopra, que também é o chefe da missão do FMI na Irlanda.

Segundo o FMI, o Banco Central Europeu deveria dar segurança, provendo financiamento de médio prazo para bancos nos países da zona do euro, como a Irlanda, que enfrenta uma severa crise bancária.

Sobre a Irlanda, o FMI disse que o programa de ajuda está tendo um bom início, mas que o aprofundamento da crise da dívida na zona do euro exige que a Europa elabore um "plano abrangente" para que o país possa retornar ao mercado privado de financiamento em breve.

O FMI diz não duvidar do comprometimento do governo irlandês com as metas de austeridade, mas que o país está diante de uma batalha para retornar aos mercados de dívida, especialmente tendo em vista o aumento das taxas de juro exigidas pelo mercado. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Dívidas de paísesEuropaFMIUnião Europeia

Mais de Mundo

Trump pede que Suprema Corte pause até a posse presidencial lei que pode proibir TikTok

Dilma e Orsi discutem possível entrada do Uruguai no Banco dos Brics

Musk x MAGA: Entenda o racha entre aliados de Trump sobre visto para imigrantes qualificados

Vários soldados norte-coreanos feridos e capturados morreram na Ucrânia, afirma Zelensky