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FMI defende estímulo coordenado à economia contra efeitos do coronavírus

Com o avanço do vírus e a paralisação da atividade econômica, economistas temem que o mundo entre em recessão

Kristalina Georgieva: "À medida que o vírus se propaga, a necessidade de um estímulo fiscal global coordenado e sincronizado é cada vez mais forte" (Peter Foley/Bloomberg)

Kristalina Georgieva: "À medida que o vírus se propaga, a necessidade de um estímulo fiscal global coordenado e sincronizado é cada vez mais forte" (Peter Foley/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 16 de março de 2020 às 10h18.

Última atualização em 16 de março de 2020 às 10h19.

São Paulo — O mundo deve estimular de forma conjunta e coordenada a economia global, como fez durante a crise de 2008, para enfrentar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, afirmou nesta segunda-feira a diretora gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

E os mercados emergentes enfrentam uma grande fuga de capitais, o que significa que também precisarão de apoio, acrescentou em um blog.

Além das ações individuais que cada país adotou até o momento, "à medida que o vírus se propaga, a necessidade de um estímulo fiscal global coordenado e sincronizado é cada vez mais forte", afirmou a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ao mesmo tempo, aconteceu uma fuga de capitais de quase 42 bilhões de dólares dos mercados emergentes desde o início da crise, a "maior já registrada", completou Georgieva, que pede aos bancos centrais que ofereçam apoio para reduzir o stress financeiro.

O FMI ainda não calculou com precisão o impacto do coronavírus na economia mundial, indicando apenas que o crescimento global será menor que o do ano passado.

Com o avanço do vírus e a paralisação da atividade econômica, resultado das medidas de contenção, muitos economistas temem que o mundo entre em recessão.

A China, berço do vírus em dezembro, o que paralisou sua economia, anunciou indicadores catastróficos nesta segunda-feira.

A produção industrial registrou contração de 13,5% nos primeiros dois meses do ano, pela primeira vez em quase 30 anos, e as vendas no varejo caíram 20,5%.

Estes resultados são ainda piores que as previsões dos analistas consultados pela agência financeira Bloomberg, que projetavam uma contração de 3% da produção industrial e de 4% das vendas no varejo.

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