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FMI confirma que negocia novo programa financeiro com Argentina

Em 8 de junho, o Conselho Executivo do FMI concluiu a oitava revisão do atual programa com a Argentina, no qual foram desembolsados US$ 41,4 bilhões

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 06h43.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou nesta quinta-feira, 19, que está negociando um novo programa financeiro com a Argentina depois que as autoridades do país manifestaram “formalmente” seu interesse.

A porta-voz do FMI, Julie Kozack, declarou em entrevista coletiva que o FMI “continua trabalhando de forma construtiva com as autoridades argentinas para consolidar o progresso feito até agora e enfrentar os desafios pendentes”. Ela não quis entrar em detalhes sobre o tamanho do novo programa ou seu conteúdo.

No entanto, Kozack frisou que o atual Programa de Financiamento Ampliado (EFF) expirará no final deste ano e que “não é incomum que as autoridades deixem um acordo existente expirar sem concluir todas as revisões ao mesmo tempo em que estão considerando a mudança para um novo programa”.

Em 8 de junho, o Conselho Executivo do FMI concluiu a oitava revisão do atual programa com a Argentina, no qual foram desembolsados US$ 41,4 bilhões. Faltam agora duas revisões para que o plano seja concluído.

O FMI elogiou novamente o resultado das políticas econômicas do presidente da Argentina, Javier Milei, além de destacar que seu “programa de estabilização alcançou excelentes resultados”.

“Esses resultados incluem uma redução considerável da inflação, superávits fiscais e melhor cobertura das reservas internacionais. A recuperação da atividade e dos salários reais está firmemente em andamento, com o crescimento tornando-se positivo no terceiro trimestre deste ano”, disse Kozack.

Os dados do FMI sugerem que, em novembro, a Argentina teve um “superávit primário” (quando as receitas excedem as despesas) de cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Gostaria de enfatizar que as autoridades continuam a implementar seu programa fiscal com determinação e eficácia”, acrescentou a porta-voz do FMI.

Nesse contexto, o órgão está trabalhando “de forma construtiva” com o governo de Milei “para consolidar o progresso alcançado até agora e enfrentar os desafios restantes”.

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