O FMI alertou que, apesar de as políticas fiscais previstas nas economias da Eurozona serem apropriadas, "serão necessárias mais reformas" (Louisa Gouliamaki/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2011 às 20h16.
Bruxelas - O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou suas previsões de crescimento para a Eurozona este ano de 2% a 1,6%, e para 2012 de 1,7% a 1,1%, o que confirma a desaceleração do crescimento devido à crise da dívida soberana na Eurozona, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira.
No relatório divulgado nesta terça, o Fundo prognosticou de 2% a 1,6% este ano e 1,7% a 1,1% em 2012, o que confirma a desaceleração do crescimento devido à crise da dívida soberana na Eurozona.
"A Europa luta contra uma renovada volatilidade nos mercados e riscos crescentes de instabilidade financeira", afirma o FMI em suas previsões econômicas. O Banco Central Europeu (BCE) deverá baixar sua taxa básica se as ameaças continuarem, sugeriu.
E advertiu: "Se a crise da dívida nos países periféricos continua propagando-se nas economias dos países centrais da Europa (...) afundará a estabilidade financeira global"
"Depois de um primeiro trimestre com cifras animadoras, o crescimento da Eurozona caiu vertiginosamente no segundo trimestre de 2011, em parte devido à pressão dos altos preços das matérias-primas sobre as rendas reais e ao contínuo ajuste fiscal, mas também pelos efeitos da crise na confiança dos consumidores e empresários, inclusive nos países centrais europeus", escreve o documento.
"As turbulências financeiras atuais são um obstáculo para a atividade econômica ao provocar uma queda na confiança e o financiamento", acrescentou.
Apesar de as políticas fiscais previstas nas economias da Eurozona serem apropriadas, "serão necessárias mais reformas".
Neste sentido, o Banco Central Europeu (BCE) deve baixar sua taxa básica se persistirem as ameaças.
O BCE deverá continuar com suas intervenções "para conter a volatilidade nos mercados", ao menos até que os governos e parlamentos da Eurozona aprovem o acordo de 21 de julho.
"Reforçar o sistema financeiro continua sendo prioridade", enfatiza.