Michael Flynn: ele foi forçado a renunciar em fevereiro, menos de um mês após assumir o cargo (Carlos Barria/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de maio de 2017 às 14h35.
Washington - O ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca Michael Flynn vai se recusar a acatar uma intimação do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos que investiga uma possível interferência russa na eleição presidencial de 2016 dos EUA, de acordo com relatos da mídia norte-americana nesta segunda-feira.
Flynn vai invocar a Quinta Emenda da Constituição dos EUA que o protege contra auto-incriminação, informaram a Associated Press, o Wall Street Journal e a Fox News, citando fontes próximas de Flynn.
O general aposentado, testemunha fundamental na investigação sobre a Rússia, planeja informar o comitê de sua decisão ainda nesta segunda-feira, segundo a mídia.
O Comitê de Inteligência do Senado está conduzindo uma das principais investigações do Congresso sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial dos Estados Unidos e sobre se houve ou não alguma conspiração entre a campanha de Trump e a Rússia.
O comitê primeiro solicitou documentos a Flynn em uma carta do dia 28 de abril, mas ele se recusou a cooperar com o pedido.
A comunidade de inteligência dos Estados Unidos concluiu em janeiro que Moscou tentou influenciar a eleição de novembro a favor de Trump. A Rússia negou envolvimento e Trump insiste que ganhou de maneira justa.
Flynn foi forçado a renunciar em fevereiro, menos de um mês após assumir o cargo, por não revelar o conteúdo de suas conversas com Sergei Kislyak, o embaixador russo nos Estados Unidos, e então mentir para o vice-presidente Mike Pence sobre as conversas.