Crianças no Disney World, em Orlando, na Flórida: o estado planeja reabrir as escolas em agosto (Matt Stroshane/Walt Disney World Resort/Getty Images)
Reuters
Publicado em 26 de julho de 2020 às 14h54.
A Flórida se tornou, neste domingo, o segundo estado americano depois da Califórnia a ultrapassar Nova York, o estado mais atingido no início da pandemia do novo coronavírus no país, de acordo com um levantamento realizado pela agência de notícias Reuters. O total de novos casos de covid-19 na Flórida cresceu 9.300 no domingo e chegou a 423.855, logo atrás da Califórnia, que agora lidera o ranking de casos confirmados no país, com 448.497 casos.
Nova York está em terceiro lugar, com 415.827 casos. Ainda assim, Nova York continua liderando as estatísticas em número de mortes causadas pela covid-19, com mais de 32.000 óbitos, enquanto a Flórida está em oitavo lugar, com quase 6.000 óbitos. Em média, a Flórida adicionou mais de 10.000 casos por dia em julho, enquanto a Califórnia acrescentou 8.300 casos por dia e Nova York, 700 casos.
Apesar do aumento de casos na Flórida, o governador do estado, o republicano Ron DeSantis, tem dito repetidamente que não tornará obrigatório o uso de máscaras e que as escolas devem reabrir em agosto. Em contraste, o estado de Nova York conseguiu controlar o vírus fechando lojas e restaurantes e obrigando a população a usar máscaras em lugares públicos.
Outro estado que tem registrado uma explosão de casos de covid-19 é o Texas, com cerca de 391.000 casos até o momento. O governador do estado, Greg Abbott, também do Partido Republicano, disse que a tempestade tropical Hanna, que atingiu a costa do país no sábado como um furacão de categoria 1, piorou a situação no estado, pois castigou a região mais atingida pelo coronavírus.
O aumento dos casos em algumas regiões do país ocorre num momento em que o presidente Donald Trump está pressionando escolas a reabrirem no outono, apesar das preocupações dos professores e das famílias de que as crianças possam contrair ou transmitir a doença caso retornem à sala de aula. Mais de 146.000 americanos já morreram de covid-19, o que corresponde a quase um quarto do total no mundo, e há quase 4,2 milhões de casos confirmados no país.