Enda Kenny, líder do Fine Gael: partido irlandês aparece com 33% na pesquisa (Divulgação/Partido Popular Europeu)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 09h30.
Dublin - O principal partido da oposição na Irlanda, o conservador Fine Gael (FG), vencerá as próximas eleições gerais, previstas para 25 de fevereiro, enquanto o governante Fianna Fáil (FF) obterá o pior resultado de sua história.
A previsão é de uma pesquisa publicada nesta quinta-feira pelo jornal "The Irish Times" realizada pela empresa "Ipsos MRBI" entre 1 mil pessoas, às quais perguntou em que partido votariam se a eleição fosse amanhã.
Excluindo os indecisos, o FG de Enda Kenny alcançaria 33% de apoio, três pontos mais que na pesquisa de dezembro, e o Partido Trabalhista, possível sócio dos conservadores no próximo Governo, obteria 24%, um ponto menos.
Apesar de o ex-ministro de Assuntos Exteriores, Michéal Martin, ter substituído na semana passada o primeiro-ministro, Brian Cowen, como líder do FF, a formação hegemônica irlandesa vê rebaixada suas intenções de voto em dois pontos, até 15%.
Caem até 12% e 1%, três e um ponto menos, respectivamente, o Sinn Féin de Gerry Adams, antigo braço político do inativo IRA, e o Partido Verde, membro do FF desde 2007 até a semana passada, quando se retirou do Governo pelas gestão de Cowen da crise econômica.
Por contra, cresce quatro pontos entre o eleitorado a opção dos candidatos "independentes e outros", que alcançariam 15% dos votos.
Entre os líderes mais cotados, o trabalhista Eamon Gilmore se mantém, sem mudanças, à frente com relação à pesquisa anterior, com 44% de apoio, seguido por Kenny (30, sete pontos mais), Adams (27, um ponto menos), Martin (25) e pelo ecologista John Gormley (15, dois pontos mais).
Embora não se apresente ao pleito, o pior cotado é Brian Cowen, cujo trabalho como "Taoiseach" (primeiro-ministro) é aprovada por 8% do eleitorado, seis pontos a menos, a nota mais baixa atingida por um chefe de Governo desde que a empresa "Ipsos MRBI" começasse em 1982 a fazer pesquisas para a publicação.
O nível de "satisfação" dos entrevistados com relação ao Governo também alcança mínimos históricos, pois só 4%, ponto menos, está de acordo com sua gestão.