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Finanças da ANP serão afetadas se Israel não repassar dinheiro

Porta-voz do governo do primeiro-ministro Salam Fayyad advertiu que Israel deve impostos e taxas de alfândegas do mês passado

Governo Salam Fayyad anunciou esforços para que Israel transfira o dinheiro (Rick Gershon/Getty Images)

Governo Salam Fayyad anunciou esforços para que Israel transfira o dinheiro (Rick Gershon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 10h35.

Jerusalém - As finanças da Autoridade Nacional Palestina (ANP) serão afetadas, se Israel não entregar nos próximos dias o dinheiro devido de impostos e taxas de alfândegas do mês passado, advertiu um porta-voz do Governo do primeiro-ministro Salam Fayyad.

"Nossa capacidade para enfrentar os compromissos financeiros que temos será afetada se Israel não nos transferir o dinheiro", disse à agência Efe Ghassan Khatib, porta-voz do primeiro-ministro.

A ANP deve pagar os salários de seus 170 mil funcionários na primeira semana do mês e o anúncio no domingo do ministro de Finanças israelense, Yuval Steinitz, adiando a entrega de uma verba de US$ 89 milhões poderia afetar o pagamento dos empregados.

"Não sabemos ainda se receberemos a verba, mas estamos fazendo esforços para que Israel transfira o dinheiro", acrescentou o porta-voz.

A soma é oriunda de impostos e taxas alfandegárias cobradas de trabalhadores e mercadorias palestinas com base no protocolo econômico dos acordos de Oslo de 1995.

Israel retém a transferência com o argumento de que a ANP deve demonstrar que o dinheiro não chegará às mãos do movimento islamita Hamas, uma vez seja firmado, em princípio nesta quarta-feira, o acordo de reconciliação com o movimento Fatah, que deseja a Autoridade Nacional Palestina.

Os movimentos concordaram em formar um Governo de tecnocratas no próximo ano, período no qual deverá convocar eleições gerais para colocar fim à divisão entre Cisjordânia e Gaza.

Em entrevista coletiva na véspera em Ramala, Fayyad reiterou que "a capacidade financeira será afetada para enfrentar compromissos".

O primeiro-ministro palestino criticou a decisão de Israel de usar dinheiro como meio de pressão, e afirmou que "a ANP não aceitará nunca uma divisão entre os palestinos por razões econômicas".

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