Muçulmanos rezam durante uma manifestação em Grozni, na Chechênia, contra charges do profeta Maomé (Yelena Fitkulina/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2015 às 21h14.
Dubai - Um filme sobre a vida do profeta Maomé deve bater recordes de bilheteria no Irã, de maioria muçulmana xiita, após ter sido lançado na quinta-feira, mas alguns clérigos muçulmanos sunitas no mundo árabe estão exigindo que Teerã proíba a exibição do longa.
“Mohammad, Messenger of God”, cuja produção foi patrocinada pelo governo iraniano, é dirigido pelo diretor nomeado ao Oscar Majid Majidi e custou 40 milhões de dólares, sendo o filme mais caro já feito no Irã.
“Decidi fazer esse filme para lutar contra a nova onda de islamofobia no Ocidente. A interpretação ocidental do Islã é cheia de violência e terrorismo”, disse Majidi segundo a Hezbollah Line, revista conservadora iraniana.
O longa de 171 minutos, primeira parte de uma trilogia, foca na infância do profeta. Sua face não aparece na tela, em obediência às escrituras islâmicas tradicionais. A câmera mostra o menino ator que o interpreta somente por trás ou nas sombras.