Destruição após passagem de tufão pelas Filipinas: os Médicos Sem Fronteiras disseram em comunicado que iniciou o envio de cerca de 200 toneladas de material médico (REUTERS/Erik De Castro)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 06h02.
Tacloban - As autoridades das Filipinas trabalham nesta segunda-feira para fazer chegar ajuda humanitária aos afetados pelo tufão "Haiyan", três dias depois que ele devastou a região central do país onde se estimam que morreram cerca de dez mil pessoas.
Em Tacloban, capital da província de Leyte, o "Haiyan" deixou uma paisagem de destruição total, após atingir a cidade com rajadas de vento de até 315 km/h e fazer o nível do mar subir mais de 2 metros na manhã da sexta-feira passada.
Um funcionário do Governo disse que a destruição atinge 80% das estruturas em Tacloban, onde as autoridades desdobraram tropas do Exército e policiais nas áreas mais afetadas para garantir a segurança.
O porta-voz da Polícia Nacional das Filipinas, Reuben Theodore Sindac, disse que 900 agentes foram enviados para esta cidade e para Samar, depois que ontem foram registrados saques generalizados.
Vários países e organizações internacionais começaram a enviar pessoal e ajuda humanitária aos afetados pelo tufão, entre elas as Nações Unidas.
Os Médicos Sem Fronteiras disseram em comunicado que iniciou o envio de cerca de 200 toneladas de material médico para tratar ferimentos, vacinas contra tétano, tendas de campanha e produtos de higiene, além de uma equipe de 30 médicos, psicólogos e pessoal logístico.
Enquanto isso, as autoridades filipinas trabalham para restabelecer os serviços básicos.
A Autoridade de Aviação Civil informou que ao longo do dia foram restabelecidas as operações nos quatro aeroportos da região exceto no de Tacloban que limitará sua atividade a horário diurno.
Cerca de 4,5 milhões de pessoas de 36 províncias do país foram afetadas pelo tufão, das quais 330 mil estão nos centros de acolhida.