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Filipinas descarta negociar liberdade de reféns com radicais

As Filipinas descartaram negociar com grupo radical islamita a libertação de dois alemães que tem como reféns


	Militares nas Filipinas: "o governo não negocia com terroristas", disse secretário
 (Erik de Castro/Reuters)

Militares nas Filipinas: "o governo não negocia com terroristas", disse secretário (Erik de Castro/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 10h39.

Manila - As Filipinas descartaram nesta quinta-feira negociar com o grupo radical islamita Abu Sayyaf para que liberte os dois alemães que tem como reféns e que ameaçou decapitar se não pagarem um resgate e a Alemanha não retirar seu apoio à operação internacional contra o Estado Islâmico (EI).

"O governo das Filipinas não negocia com terroristas", disse o secretário de Defesa, Voltaire Gazmin, em entrevista à emissora local de rádio "dzRH".

O ministro opinou que as exigências do Abu Sayyaf são uma estratégia de propaganda e para pressionar o Executivo filipino a pagar um resgate de 250 milhões de pesos (US$ 5,6 milhões).

"Estas ações e gestos não vão nos intimidar. Vamos continuar lutando contra eles", asseverou Gazmin, e acrescentou que o presidente do país, Benigno Aquino, deu ordens para acabar com Abu Sayyaf "de uma vez por todas".

Este grupo islamita divulgou pela internet na noite desta quarta-feira uma mensagem na qual ameaçou decapitar dois turistas alemães que capturou em abril se não recebesse US$ 5,6 milhões e Alemanha não deixasse de apoiar a ofensiva internacional contra o EI.

Abu Sayyaf, formado por cerca de 400 rebeldes, divulgou recentemente um vídeo nas redes sociais no qual anunciou seu compromisso com o EI.

Os alemães Viktor Okonek, de 74 anos, e Henrite Dielen, de 42, foram capturados em abril passado na ilha de Palawan, onde as autoridades encontraram o iate dos alemães vazio.

O sequestro de ambos foi confirmado com a libertação de outro refém do Abu Sayyaf, Ronald Lingayan, que disse ter estado com os dois europeus nos arredores da cidade de Patikul, na ilha de Sulu, an cerca de 980 quilômetros ao sul de Manila.

Este grupo rebelde tem em seu poder outros dois europeus, um holandês e um suíço, desde fevereiro de 2012, além de um guarda-costeira da Malásia e uma mulher chinesa e sua filha.

Os sequestros são frequentes nas Filipinas, particularmente no sul do país, e em quase todos os casos o motivo é a extorsão de dinheiro.

O Abu Sayyaf, criado em 1991 por um punhado de ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética, está vinculado à Al Qaeda e são atribuídos a ele alguns dos atentados mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros. 

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