Michel Platini: o ex-craque francês teve a candidatura à presidência da Fifa 'congelada', e não será avaliada pela comissão eleitoral até que a punição termine ou seja levantada (AFP/ Marwan Naamani)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2015 às 14h07.
Um dos dois recursos apresentados por Michel Platini para contestar a suspensão de 90 dias imposta pela comissão de ética da Fifa foi rejeitado pela entidade, informaram nesta segunda-feira os advogados do presidente da Uefa num comunicado enviado à AFP.
"Esta decisão diz respeito à forma do processo, e não foi tomada pela comissão de apelações (que julga o conteúdo do caso). Ainda estamos no aguardo da decisão desta comissão, e nenhum cronograma nos foi comunicado", explicam os advogados.
"Estamos convencidos de que esses recursos vão acabar provando a total integridade de Michel Platini, e restabelecer seus direitos", completou o comunicado.
Por conta da suspensão, o ex-craque francês teve a candidatura à presidência da Fifa 'congelada', e não será avaliada pela comissão eleitoral até que a punição termine (no dia 5 de janeiro) ou seja levantada.
O presidente da Uefa foi suspenso por 90 dias no dia 8 de outubro, por conta de um pagamento suspeito de 1,8 milhões de euros que recebeu de Joseph Blatter, presidente demissionário da Fifa.
Para sua defesa, Platini alega que trata-se da remuneração de um trabalho efetuado de 1998 até 2002, mas existem rumores de que o suíço teria pago este valor para impedir o francês de se candidatar à eleição de 2011.
Pouco antes do anúncio do primeiro recurso ter sido rejeitado, a Uefa anunciou a candidatura de Gianni Infantino, número dois da entidade, a presidência da Fifa.
Secretário-geral da Confederação Europeia, Infantino conta com o apoio do comitê executivo da entidade.
Além de Platini e Infantino, também concorrem à sucessão de Blatter o sul-africano Tokyo Sexwale, ex-companheiro de cela de Nelson Mandela, o príncipe jordaniano Ali Hussein, que levou Blatter ao segundo turno na última eleição, e o francês Jérôme Champagne, ex-secretário-geral da Fifa, e David Nakhid, de Trinidad e Tobago.
Zico anunciou a intenção de concorrer, mas ainda não conseguiu reunir as cinco cartas de apoio de federações nacionais necessárias para validar da candidatura.