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Fifa inicia investigação contra Bin Hammam por desvio

Irregularidades ocorreram quando Mohammed Bin Hammam ocupava a Presidência da Confederação Asiática de Futebol


	A auditoria "Pricewaterhousecoopers" revelou que Bin Hammam gastou US$ 700 mil (R$ 1,4 milhão) das contas bancárias da CAF em seu benefício pessoal
 (Robert Cianflone/Getty Images)

A auditoria "Pricewaterhousecoopers" revelou que Bin Hammam gastou US$ 700 mil (R$ 1,4 milhão) das contas bancárias da CAF em seu benefício pessoal (Robert Cianflone/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 14h59.

Genebra - A Comissão de Ética da Fifa abriu uma investigação contra o catariano Mohammed Bin Hammam por suposto desvio de fundos quando ocupava a Presidência da Confederação Asiática de Futebol, informou nesta sexta-feira o principal órgão do futebol mundial.

O presidente da Comissão de Ética da Fifa, Michael J. García, decidiu instaurar a investigação duas semanas depois de ter excluído Bin Hamman de maneira provisória - por um prazo de 90 dias - de qualquer atividade relacionada com o futebol, tanto no âmbito nacional como no internacional.

A Fifa responde à decisão do Tribunal de Arbitragem Desportivo (CAS), que anulou a suspensão vitalícia de Bin Hamman por falta de provas.

O ex-mandatário está sendo acusado de subornar membros da Confederação Caribenha de Futebol (Concacaf) para que votassem nele nas próximas eleições presidenciais da Fifa.

A entidade explicou que a intenção da medida foi 'prevenir interferências, com o estabelecimento da verdade' sobre o comportamento de Bin Hammam em relação às supostas irregularidades cometidas em seu tempo como principal responsável do futebol asiático.

Uma auditoria, que ficou conhecida no mês passado, apontou que Bin Hamman enriqueceu com fundos da Confederação Asiática e entregou milhares de dólares a amigos e parentes.

A auditoria "Pricewaterhousecoopers" revelou que Bin Hammam gastou US$ 700 mil (R$ 1,4 milhão) das contas bancárias da CAF em seu benefício pessoal, comprando artigos de luxo para seus familiares e amigos.

O catariano seria o único rival do atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, nas eleições presidenciais da entidade, mas as denúncias de corrupção fizeram que com que ele fosse excluído da disputa.

Por sua vez, o CAS afirmou, em meados de julho, que não é possível provar que o catariano subornou membros da Concacaf para conseguir votos.

O CAS destacou, no entanto, que 'é mais provável do que improvável que Bin Hammam seja a fonte do dinheiro (repartido aos delegados)' e que de nenhuma maneira estabeleceu uma afirmação de inocência em relação com o catariano. 'O único papel dos juízes é concluir que as provas são insuficientes', acrescentou.


A Fifa iniciou a investigação sobre o comportamento de Bin Hammam após uma denúncia do secretário-geral da Concacaf, o americano Chuck Blazer, que disse, junto ao presidente da entidade, o trinitino Jack Warner, que foi oferecido US$ 40 mil (R$ 80,7 mil) em troca dos dois votos.

Após suspender o catariano de forma provisória, a Fifa resolveu excluir, em agosto de 2011, Bin Hamman de maneira vitalícia por violação do código ético do organismo. Em setembro, o comitê de apelação da Fifa confirmou a sanção e em novembro, Bin Hamman apelou aos CAS.

Antes de ser suspenso de forma temporária, a Fifa havia expressado sua 'preocupação' pela decisão judicial do CAS e lembrou que o catariano tem outras investigações abertas pela Confederação Asiática de futebol por irregularidades.

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