Paris - A Fifa divulgou nesta terça-feira várias "recomendações" sobre como lidar com a epidemia de ebola, indicando que os preparativos para a disputa do Mundial de Clubes do Marrocos, em dezembro, "continuam, dentro do previsto".

A Fifa afirmou que "esteve em contato periódico com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para analisar o impacto da Doença pelo VírusEbola (DVE) sobre a saúde pública mundial e as concentrações de pessoas, e, concretamente, seus efeitos potenciais sobre o futebol".

Com base nas informações recebidas, a instituição manifestou apoio à decisão da Confederação Africana de Futebol (CAF) de organizar em um território neutro as partidas dos países onde há "uma transmissão intensa (Libéria, Serra Leoa e Guiné)".

O organismo também "recomenda" que as concentrações antes das partidas das seleções desses países sejam feitas em terreno neutro e aconselha "conscientizar os torcedores das equipes sobre a prevenção do ebola".

A Fifa também ressalta que "qualquer atleta ou pessoa da delegação que apresentar sintomas relacionados ao ebola e que tenha viajado para um país que esteja enfrentando uma transmissão intensa seja imediatamente isolado e submetido a exames de detecção do ebola", tanto nas seleções como nos clubes, e pede que os jogadores dos países afetados observem seu próprio estado de saúde, "o que inclui medições diárias de temperatura, para detectar sintomas relacionados à doença".

No que diz respeito ao Mundial de Clubes, que será disputado em Marrocos de 10 a 20 de dezembro, a Fifa explicou que "segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente não foi detectado nenhum caso de ebola no Marrocos e todos os preparativos continuam de acordo com o previsto".

A Fifa destaca que "atualiza constantemente sua posição de acordo com as orientações técnicas da OMS. Caso a situação sofra alguma alteração, entraremos em contato com os clubes participantes neste sentido".

Marrocos solicitou em 10 de outubro para não organizar a Copa Africana de 2015 pela epidemia de ebola.

A CAF respondeu que mantém as datas (17 de janeiro a 8 de fevereiro), mas sem revelar se a competição acontecerá no país do norte do continente.

A decisão definitiva será tomada em novembro.