Jack Warner, ex-presidente da Fifa: a condenação foi decretada por causa de seu envolvimento no processo de escolha da Rússia e do Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 (REUTERS/Andrea De Silva)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2015 às 10h15.
Zurique - Um dos homens mais poderosos do futebol mundial nos últimos 30 anos, Jack Warner, foi banido do futebol de forma permanente. Nesta terça-feira, o Comitê de Ética da Fifa anunciou que o ex-vice-presidente da entidade está proibido de exercer qualquer atividade relacionada ao futebol pelo restante de sua vida.
Sua condenação foi decretada por causa de seu envolvimento no processo de escolha da Rússia e do Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.
"Em sua posição de dirigente, ele foi um ator chave em esquemas de recebimento, oferecimento e aceitação de pagamentos ilegais", declarou o Comitê de Ética da Fifa em comunicado.
Warner foi bajulado por diferentes governos e candidaturas, já que tinham em suas mãos todos os votos da Concacaf, com mais de 35 países.
No Comitê Executivo da Fifa, ele ainda tinha o poder de decidir as sedes dos Mundiais. O dirigente também foi acusado pelo FBI de ter recebido propinas para votar na definição das sedes das Copas de 1998 e 2010.
O afastamento vitalício é mais um golpe recebido pelos cartolas que, por anos, dirigiram o futebol. Warner era o braço-direito de Joseph Blatter na América do Norte até 2011, quando romperam a aliança.
Desde então, ele promete "revelar tudo" o que sabe. Em Trinidad e Tobago, seu país, o cartola aguarda uma extradição aos Estados Unidos.