Até o início da noite desta quarta-feira, 01, ônibus levaram 361 cidadãos estrangeiros para o Egito e 45 palestinos gravemente feridos cruzaram a fronteira em ambulâncias (MAHMUD HAMS/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 2 de novembro de 2023 às 08h53.
Dezenas de estrangeiros com dupla cidadania e cidadãos palestinos feridos começaram a deixar a Faixa de Gaza nesta quarta, 1º, por meio do posto de controle de Rafah, na fronteira com o Egito. É a primeira vez que a passagem é aberta para saída de pessoas desde o início do conflito. Os brasileiros, porém, ficaram de fora da lista feita pelo Hamas.
Até o início da noite desta quarta-feira, 01, ônibus levaram 361 cidadãos estrangeiros para o Egito e 45 palestinos gravemente feridos cruzaram a fronteira em ambulâncias, juntamente com alguns parentes e funcionários de organizações internacionais de ajuda humanitária.
O governo brasileiro disse ontem que mantém as negociações para a retirada do grupo de 34 brasileiros e familiares de Gaza e espera que todos possam sair com segurança nos próximos dias.
Apesar do otimismo, o embaixador do Brasil em Tel-Aviv, Frederico Duque Estrada Meyer, disse ao Estadão que não há nada de concreto sobre as saídas. As negociações, segundo ele, são conduzidas por israelenses e egípcios.
O grupo de brasileiros está desde o mês passado em casas alugadas pelo Itamaraty em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição na fronteira, fechada desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Se ainda não conseguiu retirar os cidadãos de Gaza, o governo teve mais sucesso na Cisjordânia. Ontem, 33 brasileiros - 12 homens, 10 mulheres e 11 crianças - foram levados para Jericó, depois para a Jordânia, de onde embarcariam para o Brasil.