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Férias de Michelle Obama na Espanha provocam críticas

Para os críticos, a viagem significa falta de sensibilidade no momento em que o desemprego nos país é de 9,5 por cento e o presidente cobra sacrifícios da população

 Michelle Obama foi recebida no domingo pelos reis Juan Carlos e Sofia, antes de voltar a Washington

Michelle Obama foi recebida no domingo pelos reis Juan Carlos e Sofia, antes de voltar a Washington

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 12h30.

Washington - A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, causou comoção na mídia por causa da sua viagem de férias à Espanha, mas alguns analistas disseram que se trata de uma tempestade em copo d'água no meio da falta de assunto típica da temporada de verão, sem impacto na popularidade ou na autoridade política do presidente Barack Obama.

Os críticos disseram que a viagem de Michelle e da filha Sasha à costa do Sol, na semana passada, deveria servir como estudo de caso para a falta de sensibilidade política num momento em que o desemprego nos EUA é de 9,5 por cento, e o presidente cobra sacrifícios da população.

"A 'material girl' Michelle Obama é uma Maria Antonieta moderna, em reluzentes férias espanholas", foi o título do artigo da semana passada de Andrea Tantaros, ex-estrategista do Partido Republicano, no jornal New York Daily News.

Numa ala mais liberal, Maureen Dowd, do The New York Times, escreveu no fim de semana que "na política e na cultura pop, óptica é tudo". "E a óptica de Michelle passou uma mensagem que provavelmente fez alguns na Casa Branca e no Partido Democrata se assustarem."

Mas Tim Kraine, presidente do Comitê Nacional Democrata, não demonstrou nenhum susto ao ser convidado a comentar a viagem da primeira-dama na qualidade de "agente de viagens político".

"Acho errado falar das férias familiares da primeira-dama como político, ela é uma mãe", disse ele à emissora NBC na segunda-feira. Foi, segundo ele, uma chance de mostrar à filha "uma parte do mundo em que elas não haviam estado antes".

Michelle Obama foi recebida no domingo pelos reis Juan Carlos e Sofia, antes de voltar a Washington a fim de celebrar - com atraso - os 49 anos do marido, num churrasco na Casa Branca.

Analistas políticos dizem que as críticas às férias da primeira-dama terão pouco impacto. "Ela é a figura mais popular na administração", disse Karlyn Bowman, analistas de opinião pública do Instituto da Empresa Americana. "Simplesmente não acho que os norte-americanos irão ter má vontade com as férias dela."

Pesquisa Gallup em julho mostrou que Michelle Obama tinha uma imagem favorável para 66 por cento da população, superando o ex-presidente Bill Clinton (61 por cento) e Barack Obama (52 por cento). "Duvido muito que isso tenha um impacto sobre a posição dela", disse Bowman.

Uma fonte da Casa Branca disse que a primeira-família pagou por seus gastos pessoais durante a viagem, e que a segurança e o transporte seguiram "as mesmas regras aplicadas a quaisquer viagens anteriores da primeira-família - os custos são divididos apropriadamente, com os gastos privados pagos privadamente, e os gastos governamentais pagos pelo governo."

A fonte acrescentou que amigos de Michelle Obama viajaram à Espanha por conta própria, e não em aviões do governo.

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