Mundo

Federação garante que Brasil não corre risco de desabastecimento

Segundo o presidente da Fecombustíveis, 80% das usinas de álcool já estão produzindo a versão anidro do combustível

Álcool anidro é responsável por 25% da composição do etanol brasileiro (AFP)

Álcool anidro é responsável por 25% da composição do etanol brasileiro (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 22h32.

Brasília – A possibilidade de que o Brasil sofra com a falta de combustíveis por causa de uma oferta menor de álcool anidro no mercado foi descartada hoje (25) pelo presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares. Ele explica que 80% das usinas de álcool já estão produzindo o produto, e que a tendência agora é aumentar a oferta de álcool anidro, produto que é responsável por 25% da composição da gasolina vendida nos postos.

“A situação está tranquila em todos estados. Há estoque suficiente do produto para o mercado brasileiro nas usinas de maior porte. Com isso não existe o risco de desabastecimento. Até porque a produção de álcool já foi iniciada em 80% das usinas do país”, disse Miranda à Agência Brasil. “O período mais crítico, por causa da entressafra, é a primeira quinzena de abril. Ele já passou e a tendência é de que a situação melhore daqui por diante.”

Miranda admite que houve “gargalos logísticos” na distribuição do anidro. “O estoque é suficiente. Só que ele está concentrado nas grandes usinas. Houve uma certa dificuldade operacional porque lá se formaram filas de caminhões para distribuírem o produto. Como a procura aumentou, o preço acabou subindo proporcionalmente”, informou o presidente da Fecombustíveis.

Em junho do ano passado, o litro de alcool anidro era vendido a R$ 0,87. “Agora cobram até R$ 3 por litro”, explica Miranda. “Para reverter esse quadro, a Petrobras chegou até a importar anidro de milho dos Estados Unidos. Mas isso teve apenas caráter preventivo, para a formação de um estoque de segurança”, disse.

“Alguns postos de bandeira branca [não vinculados às grandes empresas do setor] do interior de São Paulo tiveram mais dificuldades para obter o combustível. Mas isso foi algo isolado, já que 70% do mercado de gasolina estão nas mãos da Petrobras, do Ipiranga, da Shell e da Ale”, argumenta Miranda.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBiocombustíveisCombustíveisCommoditiesDados de BrasilEnergiaEtanol

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA