JAMES COMEY, DO FBI: diretor será investigadp por divulgação precoce de processo contra Hillary Clinton / Joshua Roberts/Reuters
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 17h54.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.
FBI partidário?
O Departamento de Justiça americano vai investigar a atuação do FBI no caso dos e-mails da ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Em outubro, a 11 dias das eleições presidenciais, o FBI reabriu as investigações sobre o uso ilegal feito por Clinton de seu servidor privado de e-mails e, mesmo sem ter concluído a leitura de todos as mensagens da democrata, o diretor do FBI, James Comey, enviou uma carta ao Congresso tornando pública a reabertura do processo. Após as eleições, a democrata acabou não sendo acusada, mas partidários acreditam que o caso tenha prejudicado sua campanha.
—
Obamacare: primeira derrota
Após 7 horas de debate, o Senado americano aprovou no início do dia um projeto para revogar o Affodable Care Act, o Obamacare, programa do governo que oferece planos de saúde mais baratos. A proposta é vista como o primeiro passo para o fim do programa e deve ser analisada pela Câmara na sexta-feira 13. O presidente eleito, Donald Trump, quer que os congressistas encerrem o Obamacare e apresentem um plano substituto simultaneamente, mas deputados e senadores afirmam que uma nova proposta levaria meses. Implantado em 2010, o Obamacare já beneficiou 20 milhões de americanos.
—
O chefe do Pentágono
O general James Mattis, indicado de Trump para o cargo de secretário da Defesa, passou por audiência de confirmação no Senado. Na sessão, ele afirmou que os Estados Unidos e a Otan têm “a aliança militar mais bem-sucedida da história” e que deve reforçar sua presença no Báltico protegendo os países da região da influência russa. Ao defender a Otan, Mattis diverge do próprio Trump, que é contra a organização e já afirmou que os países-membros devem dar uma contrapartida aos serviços de defesa prestados pelos Estados Unidos.
—
Le Pen na Trump Tower
A candidata de extrema direita à Presidência da França, Marine Le Pen, da Frente Nacional, foi vista visitando a Trump Tower nesta quinta-feira. O prédio é o quartel-general do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, mas a assessoria do republicano afirma que os dois não se encontraram. Quando Trump foi eleito, Le Pen postou em seu Twitter “felicitações ao novo presidente” e “ao povo americano livre”. Assim como Trump, a candidata francesa apoia causas anti-imigração e contra a União Europeia.
—
Sem vistos
Pessoas próximas a Donald Trump afirmam que o presidente eleito e sua equipe estudam a possibilidade de reformular um programa de vistos temporários com alta qualificação. Os chamados vistos H-1B são usados sobretudo por empresas de tecnologia, e cerca de 65.000 são emitidos todos os anos. Críticos afirmam que a grande maioria dos vistos está sendo usada por empresas terceirizadas e é concedida a trabalhadores pouco qualificados e com baixa remuneração que estariam sendo contratados no lugar de trabalhadores americanos.
—
Takata: multa de 1 bi
A empresa japonesa Takata, fabricante de airbags, deve chegar na sexta-feira 13 a um acordo com o Departamento de Justiça americano para pagar uma multa de 1 bilhão de dólares pelo caso de airbags defeituosos vendidos a diversas montadoras, segundo fontes próximas à companhia. A Takata também deve se declarar culpada por não ter informado as autoridades nem ter feito um recall pedindo a devolução das peças logo que soube do defeito. Embutidas em 42 milhões de carros somente nos Estados Unidos — de fabricantes como Honda, Toyota e Volkswagen —, as peças podem ter causado 16 mortes em todo o mundo.
—
McDonald’s de graça
A rede de fast-food McDonald’s anunciou que sua unidade no Vaticano vai oferecer refeições de graça a moradores sem-teto perto da Basílica de São Pedro. Os lanches serão distribuídos toda segunda-feira, no horário do almoço, e serão compostos de um cheeseburguer duplo, uma maçã e uma garrafa de água. A unidade do McDonald’s no local foi inaugurada recentemente, em 30 de dezembro, e a proximidade com a Basílica de São Pedro desagradou moradores da região e membros do conselho do Vaticano, que não concordam com os valores defendidos pela empresa.