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FBI investigou se Trump atuava "secretamente" para a Rússia, diz NYT

Os investigadores tiveram que considerar se as ações de Trump constituíam uma possível ameaça à segurança nacional dos EUA

Trump sempre demonstrou uma simpatia por Putin incomum entre líderes americanos (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump sempre demonstrou uma simpatia por Putin incomum entre líderes americanos (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 09h41.

Última atualização em 12 de janeiro de 2019 às 09h51.

Washington - O FBI iniciou uma investigação para determinar se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trabalhava "secretamente" para a Rússia, depois que o mandatário demitiu o então diretor do órgão, James Comey, informou nesta sexta-feira o jornal "The New York Times".

De acordo com o jornal nova-iorquino, que cita de maneira anônima ex-funcionários do FBI e outras fontes ligadas à suposta investigação, a cúpula da agência de inteligência estava "preocupada com" o comportamento de Trump após a demissão de Comey.

"Eles estavam tão preocupados com o comportamento do presidente que começaram a investigar se ele estava trabalhando em nome da Rússia contra os interesses dos EUA", disse o jornal.

Os investigadores tiveram que considerar se as ações de Trump constituíam uma possível ameaça à segurança nacional dos EUA e tentaram determinar se o presidente estava conscientemente trabalhando para Moscou ou se, inconscientemente, ele havia caído sob sua influência.

O FBI também teria examinado se Trump cometeu obstrução à justiça com o demissão de Comey, já que o presidente vinculou o funcionário à investigação da chamada "conspiração russa".

O promotor especial Robert Mueller investiga desde maio de 2017, de maneira independente ao governo, as possíveis ligações entre membros da campanha de Trump e o Kremlin, que as agências de inteligência acusam de ter interferido nas eleições de 2016 a favor do candidato republicano, além do suposto crime de obstrução à justiça.

As fontes do "NYT" argumentaram que a preocupação do FBI cresceu quando o ex-espião britânico Christopher Steele recolheu informações comprometedoras sobre Trump, onde assegurava que a inteligência russa tinha entrado em contato com ele tendo como objetivo de chantageá-lo no futuro e conseguir seu apoio em diversos assuntos de política externa.

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