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FBI espiona grupos comunitários muçulmanos

A União de Liberdades Civis Americana divulgou um relatório no qual afirma que o FBI excedeu sua autoridade e está violando a confiança de grupos

Mulçumanos protestaram em Whitehall, Londres, contra a visita de Obama ao Reino Unido (Matt Cardy/Getty Images)

Mulçumanos protestaram em Whitehall, Londres, contra a visita de Obama ao Reino Unido (Matt Cardy/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 19h46.

Nova York - O FBI tem espionado e compilado informações sobre grupos muçulmanos sob o disfarce de realizar reuniões de aproximação com seus representantes, denunciou uma organização de direitos humanos dos EUA nesta quinta-feira.

A União de Liberdades Civis Americana divulgou um relatório no qual afirma que o FBI excedeu sua autoridade e está violando a confiança de grupos que concordaram em encontrar agentes. O relatório é baseado em documentos do governo obtidos através da Lei de Liberdade de Informação.

"O FBI tem usado, ilegalmente, programas de aproximação e serviços para a comunidade muçulmana para coletar secretamente e armazenar informações sobre atividades com propósitos de inteligência", diz a ULCA.

Michael German, um ex-agente do FBI que trabalha com a ULCA, revelou que usava essas sessões para espionar. "A confiança que os esforços do programa visa a criar é destruída quando o FBI explora informações de muitos membros das organizações comunitárias e religiosas com quem os agentes estão se encontrando".

Segundo a ULCA, o FBI fez anotações sobre opiniões, associações e detalhes de contato dos participantes dos jantares do Ramadã oferecidos em 2007 e 2008 durante um programa de uma mesquita em São Francisco.


Em 2007, o FBI em San Jose, Califórnia, coletou informações detalhadas sobre experiências de representantes de 27 organizações muçulmanas que se encontraram em uma mesquita.

O FBI não comentou imediatamente o relatório. A ULCA já entrou com uma ação na Califórnia alegando que a polícia federal pagou um informante para espionar em mesquitas do estado.

De acordo com reportagens da mídia americana, o Departamento de Polícia de Nova York também se envolveu em recolher sistematicamente dados para a inteligência nas mesquitas da cidade, monitorando sermões e moradores locais.

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