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Faxina começa na Conab e derruba procurador-geral

O atual procurador-geral da Companhia Nacional de Abastecimento, Rômulo Gonçalves Jr., será afastado

A presidente Dilma Rousseff acertou a faxina da Conab (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A presidente Dilma Rousseff acertou a faxina da Conab (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 10h56.

Brasília - Começou a faxina na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O atual procurador-geral da companhia, Rômulo Gonçalves Jr., será afastado. Em seu lugar assumirá Rui Magalhães Piscitelli, procurador federal da Advocacia-Geral da União (AGU).

A escolha de Piscitelli foi acertada entre a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e o ministro da AGU, Luís Inácio Adams. Piscitelli esteve ontem à tarde no Ministério da Agricultura, onde se reuniu com Wagner Rossi para acertar os últimos detalhes da nomeação. O cargo de procurador é considerado um dos mais estratégicos dentro da Conab porque a empresa tem contenciosos de mais de décadas - de um período em que era, ainda, a Companhia Brasileira de Alimentação (Cobal) e distribuía alimentos pelo interior do País em grande caminhões. Dessa época a Conab herdou ações trabalhistas e indenizatórias.

Caberá ainda ao novo procurador-geral da Conab comandar o processo de tentativa de anular o pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa de silos de Goiás. A autorização da transferência de um dinheiro destinado exclusivamente à compra de alimentos, há três semanas, foi dada pelo então diretor financeiro da estatal, Oscar Jucá Neto - que foi demitido logo depois pelo ministro Wagner Rossi.

Em represália pela demissão determinada pelo ministro da Agricultura, Jucá Neto, que é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acusou Rossi de envolvimento em casos de corrupção dentro do ministério. A acusação desencadeou uma crise no PMDB, que levou o ministro a fazer dois depoimentos no Congresso - um na semana passada na Câmara, e outro no Senado, ontem. Ele negou as acusações, fez outras a Jucá Neto e afirmou que este apenas tentou politizar o episódio e vingar-se por ter perdido o cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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