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Favorito na eleição da Coreia do Sul deve priorizar a economia

Moon Jae-in é o favorito para vencer a eleição de terça-feira e se tornar o primeiro presidente liberal do país em nove anos

Moon Jae-in: líder das pesquisas eleitorais na Coreia do Sul terá o cuidado de não prejudicar a frágil recuperação econômica (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Moon Jae-in: líder das pesquisas eleitorais na Coreia do Sul terá o cuidado de não prejudicar a frágil recuperação econômica (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2017 às 11h03.

Seul - O homem que muitos apostam que será eleito como o novo presidente da Coreia do Sul disse que deseja contratar mais bombeiros, professores e policiais, mas que seu objetivo principal é proteger a frágil recuperação da quarta maior economia da Ásia.

Moon Jae-in é o favorito para vencer a eleição de terça-feira e se tornar o primeiro presidente liberal do país em nove anos, mas parece improvável que ele aumente os impostos ou altere radicalmente políticas seguidas por governos conservadores, dizem economistas.

Moon contratou o economista conservador Kim Kwang-doo como seu conselheiro de política econômica, e a mídia vem dizendo que este pode ser indicado como primeiro-ministro ou ministro de destaque no novo governo.

Como Kim, alguns dos principais assessores de Moon também são defensores de longa data dos cortes de impostos e das regulamentações menores.

Pessoas que trabalharam de perto com a campanha de Moon disseram que o líder das pesquisas terá o cuidado de não prejudicar a frágil recuperação econômica. Isso implica não realizar nenhuma mudança radical nas políticas por ora, o que será positivo para os mercados.

Mas se ater a políticas conservadoras pode fazer com que o plano de criação de 500 mil empregos por ano de Moon encontre obstáculos, afetando um segmento crucial do eleitorado. Mais de 11 por cento das pessoas que têm entre 15 e 29 anos e condições de trabalhar estavam desempregadas em março, índice muito mais alto do que a taxa de desemprego sul-coreana geral de 4,2 por cento, de acordo com a consultoria Statistics Korea.

"Moon não parece mais liberal do que outros candidatos presidenciais. Acho que a princípio ele tentou fazer algo radical, mas agora parece ter mudado de rumo, enfatizando a estabilidade do mercado", disse Stephen Lee, economista-chefe da Meritz Securities. "Parece que estão almejando um pouso suave".

Dados econômicos recentes mostram que as exportações subiram durante os últimos seis meses e que o crescimento aumentou no primeiro trimestre, o que levou o Banco Central e o governo a melhorarem suas previsões.

No manifesto de 389 páginas da sigla liberal de Moon, o Partido Democrático, só quatro páginas são dedicadas a como sua gestão irá arrecadar dinheiro para novos empregos e outros projetos de bem-estar social. Os detalhes se limitam a descrições vagas, como "fortalecer a taxação dos ricos" e "multas maiores para práticas injustas".

Moon, indagado repetidamente por outros candidatos em vários debates a respeito da maneira como irá financiar centenas de milhares de novas vagas, não ofereceu detalhes ou mencionou novos impostos como ferramenta.

Em vez de elevar os impostos corporativos e de renda de forma ampla, Moon irá se concentrar nos muito ricos e nos executivos de grandes corporações que ganham mais, disseram seus assessores de campanha.

"A base para as políticas é liberal, mas o método de execução é moderado. Acho que é porque eles (assessores de Moon) não querem preocupar o público em geral", opinou uma autoridade de alto escalão do governo que não quis se identificar. Ele é parte de uma equipe governamental que examina as plataformas dos candidatos para planejar com antecedência e preparar políticas para uma transição suave.

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