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Farc pede perdão por sequestros na 1ª audiência de Justiça de Paz

Audiência é a abertura formal do processo contra os ex-guerrilheiros, que assinaram um acordo de paz com o governo em novembro de 2016

Outros 28 líderes da antiga guerrilha convocadas pela JEP foram representados por advogados (John Vizcaino/Reuters)

Outros 28 líderes da antiga guerrilha convocadas pela JEP foram representados por advogados (John Vizcaino/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2018 às 22h44.

Bogotá - O líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido na sua época de guerrilheiro como "Timochenko", pediu perdão nesta sexta-feira às vítimas dos sequestros cometidos entre 1993 e 2002 e às suas famílias, ao falar pela primeira vez diante da Jurisdição Especial para a Paz (JEP).

"Estamos condenados a realidades dantescas, das quais seguramente brotaram danos, dor, angústia e perdas irreparáveis a muitas famílias colombianas e estrangeiras. Pedimos perdão a todas elas", declarou Londoño.

Em seu pronunciamento, "Timochenko" garantiu que os ex-combatentes das desmobilizadas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) farão "até o impossível" para que as vítimas "possam conhecer a verdade do ocorrido".

Além disso, assegurou que assumirão "as responsabilidades" que lhes correspondem, contribuirão "até onde seja possível com sua reparação" e farão "tudo o que estiver ao alcance para que fatos dessa natureza jamais voltem a se repetir".

A audiência de hoje é a abertura formal do processo contra os ex-guerrilheiros, que assinaram um acordo de paz com o governo em novembro de 2016, e a primeira desta justiça transicional contra os principais comandantes da organização, agora transformada em partido político.

A JEP é um mecanismo transitório que foi criado exclusivamente para conhecer as graves violações aos direitos humanos e infrações ao Direito Internacional Humanitário cometido durante o conflito.

Além de Rodrigo Londoño, estiveram na audiência Pablo Catatumbo e Carlos Antonio Lozada, enquanto Jesús Santrich, que está preso em Bogotá acusado de narcotráfico, participou através de uma videoconferência.

Os outros 28 líderes da antiga guerrilha das Farc convocadas pela JEP foram representados por advogados.

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