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Farc expulsam 5 comandantes contrários ao acordo de paz

Os 5 comandantes, todos de unidades do sudeste do país, incluem um ex-participante das conversas de paz de quatro anos realizadas em Cuba

Farc: "Esta decisão é motivada pela conduta recente deles, que contradiz nossa linha político-militar" (John Vizcaino/Reuters)

Farc: "Esta decisão é motivada pela conduta recente deles, que contradiz nossa linha político-militar" (John Vizcaino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 21h34.

Bogotá - Os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) expulsaram cinco comandantes que se recusaram a se desmobilizar e se unir a um processo de paz com o governo cuja meta é encerrar mais de cinco décadas de guerra, disse a liderança da guerrilha.

Os cinco comandantes, todos de unidades presentes na floresta do sudeste do país, incluem um ex-participante das conversas de paz de quatro anos realizadas em Cuba.

"Esta decisão é motivada pela conduta recente deles, que contradiz nossa linha político-militar", informaram líderes das Farc em um comunicado no final de terça-feira.

"Pedimos a todos os combatentes que foram induzidos a este caminho sem futuro para se distanciarem desta decisão equivocada tomada por seus comandantes", acrescentaram.

Os comandantes expulsos são o segundo grupo de rebeldes a declararem sua oposição ao acordo de paz, mediante o qual as Farc se converterão em um partido político desarmado. Em julho, um líder da Primeira Frente e alguns de seus combatentes deixaram o grupo em protesto contra o pacto.

Autoridades policiais e militares expressaram temores de que alguns rebeldes não irão se desmobilizar, e sim manter o controle das operações lucrativas de cultivo de coca e tráfico de cocaína, cerrando as fileiras das temidas gangues de criminosos do país.

Um acordo de paz modificado, que foi delineado depois que a primeira versão foi rejeitada em um referendo em outubro, foi assinado pelo líder das Farc, Rodrigo Londoño, e pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para chegar ao entendimento.

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