Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) - as duas maiores e mais antigas guerrilhas em atividade na Colômbia - iniciaram nesta terça-feira o cessar-fogo unilateral, que se prolongará até o dia 28 de maio, relacionado às eleições presidenciais do próximo domingo.
O cessar-fogo começou a 0h local de hoje e, até o momento, não há nenhuma informação sobre ataques ou atentados por parte das guerrilhas.
Os últimos incidentes relacionados ao conflito armado ocorreram ontem com a apreensão de material explosivo, aparentemente pertencente às Farc, em uma escola do município de Curral, no conturbado departamento do Cauca.
Também foi registrada a explosão de um lance de um oleoduto em Orito, situado no departamento do Putumayo, que teria sido coordenada pelas Farc, no terceiro ataque em dois dias a essa infraestrutura.
Na última semana, as Farc e o ELN anunciaram um cessar-fogo através de um comunicado lido pelos negociadores guerrilheiros em Havana e assinado pelos máximos chefes de ambos os grupos.
"Ordenamos todas nossas unidades cessar qualquer ação militar ofensiva contra as forças armadas do Estado ou a infraestrutura econômica", disseram no documento "Timochenko", das Farc, e "Gabino", pelo ELN.
Este cessar-fogo corresponde a um "clamor nacional tão forte" que pedia que a escolha do futuro presidente para o período 2014-2018 "se caracterizasse pela maior ausência de perturbações".
"A insurgência não acredita no regime eleitoral colombiano, (...) no entanto, consideramos que um clamor nacional tão forte merece ser atendido", dizia o comunicado no qual ambas as partes acrescentaram que este "gesto" era uma "luz de esperança para um cessar-fogo bilateral".
O cessar-fogo se prolongará até a 0h local do dia 28 de maio.
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1. A Colômbia quer ser grande
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1/11 (Rusty Jarrett/Getty Images)
São Paulo - Os colombianos irão às urnas nesse fim de semana para decidir pelo próximo presidente do país. O atual, Juan Manuel Santos, quer um segundo mandato. O seu opositor é Óscar Ivan Zuluaga, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Santos é o favorito, mas não deve conseguir evitar um segundo turno. A
Colômbia tem crescido rapidamente na economia e pode até ultrapassar a Argentina como segunda maior economia do continente - atrás, claro, do Brasil. Mas os colombianos, apesar dos anos prósperos, ainda convivem com muita pobreza e violência - o maior exemplo é a guerra contra o narcotráfico e as Farc. Veja a seguir 10 fatos sobre a Colômbia para entender o panorama que cerca candidatos e eleitores nessas eleições:
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2. 2. Crianças
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2/11 (John Coletti/Corbis/Latinstock)
Mortalidade infantil: 15 mortes por 1.000 nascimentos (107º no mundo) Trabalho infantil: 9% das crianças entre 5 e 14 anos (988 mil crianças)
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3. 3. Trabalho
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3/11 (REUTERS)
Desemprego entre 15 e 14 anos: 21,9% Desemprego geral: 9,7%
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4. 4. Economia
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4/11 (Alfredo Estrella/AFP)
PIB: 526,5 bilhões de dólares (29º no mundo) Crescimento anual (2013): 4,2% Renda per capita: 11.100 dólares (110º no mundo)
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5. 5. Pobreza
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5/11 (Luis Acosta/AFP)
Pessoas abaixo da linha da pobreza: 32,7%
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6. 6. Violência
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6/11 (Jaime Saldarriaga/Reuters)
Status: 10º país mais violento do mundo Número de homicídios (2012): 14.670 casos Taxa de homicídios (2011): 33,6/100 mil habitantes
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7. 7. Cidades mais violentas
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7/11 (Eitan Abramovich/AFP)
Entre as 30 mais violentas:
4º - Cali - 83.20 por 100.000 habitantes 11º - Palmira - 60.86 por 100.000 habitantes
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8. 8. Igualdade de gênero
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8/11 (Getty Images/Getty Images)
91º do mundo, entre 186 países, segundo a ONU
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9. 9. Liberdade de imprensa
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9/11 (Luis Acosta/AFP)
Mortes: 45 jornalistas mortos em serviço entre 1994 e 2014 - 51% deles estavam investigando casos de corrupção - 91% foram assassinados: 37% mortos por paramilitares e milícias; e 20% por pessoas do governo colombiano
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10. 10. Otimismo
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10/11 (Pedro Felipe/Wikimedia Commons)
2º país mais otimista do mundo Nível de felicidade: 86% - Acredita que 2014 será melhor que 2013: 57% - Acredita que 2014 será um bom ano para a economia: 35% (Segundo pesquisa do Worldwide Independent Network of Market Research)
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11. Agora veja outras eleições importantes
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11/11 (Ueslei Marcelino/Reuters)