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Farc dizem que assinatura de acordo sobre vítimas é iminente

O grupo insurgente cumprimentou a celebração ontem do Dia Mundial dos Direitos Humanos, o "terceiro que acontece durante as conversas de paz em Havana"


	Farc: ainda está pendente fechar definitivamente o tema da justiça transicional, cujas linhas gerais foram rubricadas em setembro
 (Luis Robayo/AFP)

Farc: ainda está pendente fechar definitivamente o tema da justiça transicional, cujas linhas gerais foram rubricadas em setembro (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 14h01.

Havana - Os negociadores de paz das Farc disseram nesta sexta-feira em Havana que a assinatura do acordo sobre vítimas é "iminente", e mais uma amostra do compromisso da guerrilha com a defesa de direitos universais como a liberdade e a existência digna.

Em seu comunicado diário, o grupo insurgente cumprimentou a celebração ontem do Dia Mundial dos Direitos Humanos, o "terceiro que acontece durante as conversas de paz em Havana", marcado pela "particularidade da assinatura iminente de um novo acordo", assinalou o negociador Jesús Santrich.

Fontes ligadas à equipe de paz do governo colombiano comentaram hoje à imprensa que as negociações sobre esse ponto deverão terminar nos próximos dias e detalharam que por enquanto as conversas estão centradas em temas como a reparação às vítimas e a garantia de não repetição dos crimes cometidos.

Como parte do ponto sobre as vítimas do conflito, ainda está pendente fechar definitivamente o tema da justiça transicional, cujas linhas gerais foram rubricadas em setembro em Havana na presença do presidente Santos e do chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko".

Os guerrilheiros também aproveitaram o comunicado hoje para advertir o governo que ele "deve prestar particular atenção" ao cumprimento dos direitos e das liberdades dos colombianos, "escamoteados pelas consequências lamentáveis de uma guerra de mais de meio século".

No texto, as Farc denunciaram a "injustificável situação carcerária desumana" existente na Colômbia e exigiram "soluções imediatas", sobretudo a "atenção sem demoras aos prisioneiros doentes" e o cumprimento do "prometido indulto governamental".

Ontem a guerrilha e o governo do presidente Juan Manuel Santos retomaram as conversas de paz após um recesso de vários dias.

Os negociadores do governo colombiano não fizeram declarações à imprensa na chegada ao Palácio de Convenções da capital cubana, sede permanente dos diálogos de paz desde o final de 2012.

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