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FARC dispostas a libertar jornalista francês

O jornalista é tido como "prisioneiro de guerra", pois usava um colete anti-balas e um capacete dados pelo Exército, e foi capturado em meio a um combate

As FARC afirmaram que "só uma visão francamente tendenciosa pode considerar isso um sequestro". (Getty Images)

As FARC afirmaram que "só uma visão francamente tendenciosa pode considerar isso um sequestro". (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2012 às 16h50.

As FARC, guerrilha marxista colombiana, afirmaram neste domingo estarem dispostas a libertar, sob algumas condições, o jornalista francês Romeo Langlois, sob o domínio da guerrilha colombiana desde 28 de abril, informou a agência cubana Prensa Latina.

"As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (Farc-EP) anunciaram hoje (domingo) sua disposição a entregar o jornalista francês Romeo Langlois",

A agência acrescentou que, em uma declaração emitida na Colômbia, "o Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP destaca que, para garantir ainda mais sua vida e integridade (de Langlois), propõe entregá-lo em local seguro a uma comissão formada pela Cruz Vermelha Internacional, a (ex) senadora Piedad Córdoba e um representante pessoal do novo presidente da França, François Hollande".

As FARC ainda declararam que "apreender em meio a um combate quem se veste com um uniforme militar do inimigo (o Exército da Colômbia) e o acompanha em nada fere o nosso compromisso (de não sequestrar com fins lucrativos). Só uma visão francamente tendenciosa pode considerar isso um sequestro", disse o comunicado da guerrilha, de acordo com a Prensa Latina.

Langlois, de 35 anos, foi sequestrado pelas FARC na região colombiana de Caquetá (sul) quando viajava com uma patrulha militar para realizar uma reportagem para a emissora de televisão France 24.

As FARC informaram, pouco depois, que o tinham como "prisioneiro de guerra", pois usava um colete anti-balas e um capacete dados pelo Exército, e foi capturado em meio a um combate.

Essa declaração das FARC foi duramente criticada por entidades humanitárias e de defesa da liberdade de imprensa, que lembraram que Langlois se encontrava em uma missão jornalística e não perdeu a proteção que se reserva aos civis em um conflito armado.

As comunistas FARC são a principal guerrilha da Colômbia, com mais de 45 anos de luta armada e cerca de 9.200 combatentes.

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