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"Farc deixam de existir hoje", diz Santos sobre entrega de armas

O presidente da Colômbia frisou que os benefícios econômicos do fim do conflito "serão muito importantes"

Presidente colombiano Juan Manuel Santos em  24/01/2017. (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Presidente colombiano Juan Manuel Santos em 24/01/2017. (Jaime Saldarriaga/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de junho de 2017 às 11h57.

Paris - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou em Paris que nesta sexta-feira, assim que for confirmada a entrega de 100% das armas, as Farc, "a guerrilha mais poderosa e mais antiga, deixam de existir".

Santos fez este anúncio durante seu discurso em um fórum econômico dedicado a atrair investidores franceses à Colômbia e que contou também com a participação do ministro de Economia francesa, Bruno Le Maire.

"Muitos investidores não iam à Colômbia porque era um país com um conflito armado interno", assumiu o presidente colombiano, perante uma audiência empresarial reunida na sede do Ministério francês de Economia, junto ao rio Sena.

"O custo da guerra foi enorme. Houve oito milhões de vítimas tiradas das suas terras que entraram na armadilha da pobreza extrema. A produtividade destas pessoas caiu entre 50% e 80%", disse.

Com o fim do conflito, estas pessoas retornam a seu "habitat natural".

O presidente lembrou que o índice de sequestro e homicídios no país é o mais baixo em décadas e comentou que o conflito armado na Colômbia fez com que "metade do país" ainda necessite se desenvolver, porque havia lugares que o Estado não podia atuar.

"Os benefícios econômicos vão ser muito importantes", comentou Santos, que taxou o aumento do PIB por ter o país pacificado em entre 1% e 2% adicionais por ano.

O governante, que realizou um extenso e positivo balanço dos seus sete anos de gestão se apoiando em dados de organismos internacionais, viu no desenvolvimento agropecuário um dos vetores para explorar na economia colombiana.

Temos "a taxa mais alta" em atendimento a clientes de investimento estrangeiro de toda América latina, disse Santos, ao afirmar que é preciso atrair capital estrangeiro, e se este for francês, melhor.

Segundo dados do organismo de promoção estatal "Procolombia", o país latino-americano atraiu cerca de 200 empresas, cujo investimento em 2016 aumentou 10,8% com relação a 2015 até os US$ 200 milhões.

Esta presença levou à França a ser o país estrangeiro que mais gera emprego na Colômbia, com 100 mil postos de trabalho direto.

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