Investigação da HRW entre maio e junho encontrou testemunhos e arquivos sobre violações de direitos humanos cometidos pela Farc contra 70 vítimas em Tumaco desde 2013 (Luis Robayo/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2014 às 17h10.
Havana - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confirmaram neste sábado que a libertação do general Rubén Darío Alzate e de outros dois sequestrados que o acompanham vai acontecer amanhã, após o início nesta madrugada do protocolo humanitário para a entrega.
'Na madrugada de hoje foi ativado o Protocolo Humanitário Especial que retornará à liberdade, amanhã domingo, o general Alzate Mora, chefe da Força de Tarefa Titã do Exército, o cabo (Jorge) Rodríguez Contreras e a advogada Gloria Urrego', segundo o comunicado dos negociadores de paz da guerrilha enviado de Havana com a data de hoje.
Segundo o texto, Alzate, Rodríguez e Urrego serão entregues por comandantes guerrilheiros do Bloco Ivan Ríos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a representantes de Cuba e Noruega, países fiadores das conversas de paz realizadas desde 2012 entre o governo colombiano e as Farc em Havana.
'Esperamos que as condições climáticas favoreçam esta missão humanitária, que hoje ondeia na imensidade do Atrato a branca bandeira da Liberdade e da Paz', assinalaram as Farc.
'Desejamos que esta liberdade, fundada em razões de humanidade, estenda seus efeitos benéficos aos prisioneiros políticos e sociais do país. Que fácil e humanitário é para o governo determinar um indulto para inocentes', apontou a guerrilha.
O general Alzate, o cabo Rodríguez e a advogada Urrego foram sequestrados pelas Farc no departamento de Chocó no último dia 16, o que levou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a suspender os diálogos de paz com os insurgentes.
Poucos dias depois, as partes acordaram as condições para a libertação o mais rápido possível dos reféns e permitir o reatamento das negociações para pôr fim ao conflito colombiano.
Alzate é o militar de mais alta patente retido pelas Farc e é considerado pela organização guerrilheira um 'prisioneiro de guerra'.
O grupo insurgente já soltou na terça-feira dois soldados sequestrados em 9 de novembro no leste da Colômbia, em uma operação que foi vista como precedente para a esperada entrega de Alzate.